dezembro 18, 2009

Natal




Com o meu pai em convalescença no Hospital depois de uma intervenção cirúrgica, o brilho do Natal está um pouco apagado cá por casa. Contudo deixo aqui, para todos os que me visitarem, uma lista de algumas guloseimas já publicadas no Rap'ó Tacho, e que talvez possam servir de inspiração nesta quadra, que considero das mais belas do ano.

A todos, Feliz Natal!



Broas de mel de Abrantes
Bolachinhas coloridas
Broas de canela da Avó
Beijinhos de Côco
Bolo Inglês
Bolo de Maçã e Nozes
Tarte de Limão Merengada
Rabanadas no Forno
Cabeça Negra
Torta de Laranja e Côco
Picado de Abelha
Butcheln
Filhós da Beira Baixa



Imagem da Web:http://www.your-soul.com/archives/e-natal.gif

novembro 26, 2009

Pão de Nozes















Vão perdoar-me a ausência de mais de um mês (andamos em obras cá em casa...) quando provarem este delicioso pão de nozes!

Embora na fotografia apareça em fundo um frasco de doce de abóbora caseiro, é com queijo que mais gostamos dele. Uma sugestão a ter em conta para acompanhar a tábua de queijos nos dias festivos que se aproximam...


Ingredientes:

+ ou -600 g de farinha de trigo
30 g de fermento de padeiro
1 colher de café de flor de sal
3 ml de água
100 g de nozes partidas em pedacinhos
50 g de nozes moídas


Numa tigela grande, misturam-se a farinha e o sal.
Desfaz-se o fermento na água morna e junta-se à farinha.
Misturam-se bem todos os ingredientes.
Bater a massa convenientemente até ficar macia e elástica e, se necessário, juntar um pouco mais de farinha.
Juntar então as nozes moídas e os pedaços de nozes.
Cobrir com um pano e deixar levedar cerca de 1 hora ou até que dobre de volume, em lugar morno.
Amassar ligeiramente, dividir a massa em duas partes e moldar 2 pães. Levar a cozer em forno quente cerca de 50 minutos.

Nota: A qualidade das nozes é aqui muito importante!



Esta receita foi adaptada por mim, a partir desta aqui.

outubro 22, 2009

Venho agradecer o convite do Pedro Rolo Duarte para participar na Revista "Nós Gulosos" do jornal "i" de sábado passado, e o exemplar que teve a gentileza de me enviar, e de que gostei muito!

O Rap'Ó Tacho fez-se representar com esta "velha" mousse de ananás.

outubro 17, 2009

Vamos então às migas...

Já não é sem tempo...

Cozi duas postas de bacalhau e escorri-o. Na água da cozedura do bacalhau levei a cozer dois olhos de couve portuguesa, a que juntei 5 dentes de alho picados e 1/2 dl de azeite.

Quando a couve ficou cozida, mas sem se desfazer, juntei quatro carcaças cortadas em pedacinhos, o bacalhau desfeito em lascas, mais 1/2 dl de azeite. Rectifiquei o sal e deitei uma pitada de pimenta, deixei apurar durante cinco minutos e servi de imediato.

Aí têm!

outubro 09, 2009

Migas de couve com bacalhau e borrego grelhado nas brasas



Folgosinho, vista do castelo









No dia em que almoçámos em Linhares da Beira na verdade tínhamos saído de casa para almoçar em Folgosinho, n' "O Albertino"...

Estávamos preparados para aquele rodízio de pratos deliciosos: o queijo da serra e o chouriço no couvert, a cabidela, o arroz de coelho, o cabrito e o leitão assados, enfim... Devo ter esquecido qualquer coisa...


Uma das atracções de Folgosinho são as inúmeras e bonitas fontes, decoradas com azulejos onde se podem ler alguns versos, às vezes profundos, às vezes brejeiros...



















Pormenor do castelo de Folgosinho








Chegados lá, descobrimos que o Albertino estava de férias e abria no dia seguinte! Com a barriga a dar horas, já preparada para tão saborosas iguarias, rumámos a Linhares da Beira, onde chegámos a desoras e sem saber onde podíamos almoçar.





Linhares da Beira, janela manuelina








Um simpático casal de velhinhos informou-nos que podíamos almoçar na "Taberna do Alcaide", para onde nos dirigimos, segundo as indicações recebidas.
Dado o adiantado da hora, e sendo a Taberna pequenina, não tivemos outro remédio senão esperar que vagasse uma mesa.

















Uma porta do castelo de Linhares e vista geral sobre a vila

Quando finalmente nos acomodámos, pudemos apreciar o sítio com vagar: a Taberna é pequena, tem um número de mesas reduzido, uma grande lareira antiga onde não falta a panela de ferro e a vara para secar o enchido ao fumeiro. Em vez de cadeiras sentámo--nos em banquinhos de madeira; na mesa, os pratos, enormes, têm o logotipo da Taberna gravado.

O serviço é agradável e despretensioso.

Há na lista pratos que têm que ser encomendados com antecedência, como a chanfana e outros; nós tínhamos à nossa disposição: migas de couve com bacalhau, borrego grelhado na brasa com batatinhas salteadas, aba e naco de vitela igualmente grelhados e acompanhados com as famosas migas de couve, que são o objecto deste post.

Para sobremesa há simplesmente leite creme, arroz doce, e o inevitável e delicioso doce de abóbora com requeijão. Ou melhor havia, porque à hora a que chegámos só restava o doce com requeijão, e nós não tivemos pena nenhuma que não houvesse mais nada...
Toda a comida é saborosíssima, de uma grande simplicidade, e foi isso que mais me agradou.

No "couvert" foram-nos servidas salada de feijão frade e grão de bico, e azeitonas.

Seguiram-se as migas de couve com bacalhau, onde sobressaía o sabor do bom azeite e a couve, cozida no ponto, ainda estaladiça... Consistência perfeita.

O borrego era tenro e suculento, e não lhe achei outro tempero que não fosse sal, e umas pinceladas de azeite... estava dourado e apetitoso.

Nota 10 para o maravilhoso requeijão de ovelha que nos foi servido com o doce de abóbora, à sobremesa!

Regressada a casa, resolvi que aquelas migas de couve com bacalhau passariam a fazer parte das ementas cá de casa. O pior é que não tinha outra receita delas que não fosse a memória dos sabores...
Mas fi-las, e ficaram deliciosas. Receita já a seguir, para quem quiser experimentar...

outubro 04, 2009

Ainda o bolo de canela...



Este bolo é um clássico cá em casa. Grande, económico e perfeito para acompanhar uma chávena de café, que é com o que me sabe melhor.

Mas desta vez cozi-o na mfp... Ficou lindo, a cozinha não aqueceu como acontece inevitavelmente quando ligamos o forno, e não tive que me preocupar com o tempo de cozedura: o pré-estabelecido na máquina revelou-se perfeito para o cozer.

Um pormenor: como o bolo tem tendência a pegar-se à forma, deve untar-se o fundo da cuba da máquina com um pouco de margarina ou azeite antes de verter a massa, apesar de esta ser anti-aderente.













Nestes últimos dias passeámos pela linda Serra da Estrela: Estivemos em Manteigas, Covão da Ponte, Folgosinho, Videmonte, Linhares da Beira... A propósito desta última vila tenho uma história gulosa para contar no próximo post. Até lá!

setembro 16, 2009

Earth Water

Do blog de L. Pontes, por uma boa causa:


"Arrancou em Portugal um projecto pioneiro de solidariedade.
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A água embalada Earth Water é o único produto no mundo com o selo do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revertendo os seus lucros a favor do programa de ajuda de água daquela instituição.
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A nível nacional, a Earth Water é um projecto que conta com a colaboração da Tetra Pak, do Continente, da Central Cervejas e Bebidas, da MSTF Partners, do Grupo GCI e da Fundação Luís Figo.

Com o preço de venda ao público (PVP) de 59 cêntimos, a Earth Water, «A água que vale água», oferece 100% dos seus lucros mundiais ao programa de ajuda de água da ACNUR».
Actualmente morrem 6 mil pessoas no mundo por dia por falta de água potável.
Com 4 cêntimos, o ACNUR consegue fornecer água a um refugiado por um dia.

http://earth-water.org/
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Ao desenvolver o conceito "You Never Drink Alone" pretende-se criar a noção de que só uma atitude solidária poderá minorar essa catástrofe que é, já hoje, a falta de água mundial.
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AJUDE!
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COPIE E PUBLIQUE ESTE POST NO SEU BLOG - TORNE ESTA MENSAGEM GLOBAL!"

setembro 11, 2009

Tarte de presunto e espargos brancos
















Em tempo de correrias nada como uma tarte salgada, acompanhada com uma salada, para um jantar feito em três tempos.

Esta saiu com os ingredientes que havia à mão : presunto e espargos brancos.

Resolvi também fazer uma experiência e torná-la "dietética": em lugar das natas (que se usam habitualmente nas quiches e tartes salgadas) usei igual quantidade de leite e uma colher se sobremesa de farinha maizena, para engrossar o creme.

Gostei do resultado final, um pouco mais leve para a linha, por isso cá vai:

Para uma forma grande de tarte, usei 200g de presunto e um frasco de espargos brancos em conserva, 5,5 dl de leite (na receita original 3 dl seriam de natas a 35%), 1 colher de sobremesa de maizena, 2 ovos grandes, noz moscada, sal e pimenta, e um ramo de salsa fresca.
Podem também usar 200g de gruyère, o que eu não fiz, pois que queria a tarte "aligeirada"...

Na pressa usei uma base de massa quebrada já pronta.
Estendi-a na forma e guardei no frio enquanto preparei o recheio:

Comecei por diluir a maizena num pouco de leite e juntei ao restante.
Numa tigela coloquei os ovos inteiros, desmanchei-os ligeiramente com a vara de arames, juntei o leite, o sal a noz moscada, a pimenta e a salsa picada.

Passei as fatias de presunto pela frigideira, sem gordura, e coloquei-as sobre a massa, na forma. Se usarem o queijo, coloquem-no também nesta altura.

Por cima dispus os espargos cortados em 3 pedaços cada um, e cobri com a mistura de leite e ovos. Foi assim para o forno a 180ºC, durante 40 minutos.

Se quiserem fazer a massa da tarte, podem usar a receita que dou aqui.

Embora não tenha ficado exactamente como a tarte tradicional, feita com as natas, estava muito boa e poupámos algumas calorias...



antes de ir ao forno

setembro 05, 2009

Ando com falta de tempo...
Tenho comentários simpáticos de pessoas novas a quem ainda não respondi, pelo que venho aqui agradecê-los: são muito apreciados, podem crer.

Também gasto o pouco tempo livre que tenho a espreitar os vossos blogues, para não perder pitada!

Prometo novidades assim que passar a "borrasca" :)

agosto 16, 2009

Bolo de chocolate com courgette















A receita deste bolo, acompanhado por um delicioso molho de Bailey's e azeite aromatizado é da Leonor...
Um bolo denso e macio, bem ao meu gosto. Não percam!

Receita aqui.

agosto 09, 2009

Bacalhau em férias
















Por agora as férias acabaram, mas delas ficou, entre outros, este bacalhau simples e delicioso que fizémos depois de uma manhã de praia.


Aqui, pronto para ir ao forno:















Não seguimos nenhuma receita:

Regámos o fundo do pirex com bom azeite alentejano e cobrimos com cebolas às rodelas e pimentos vermelhos e verdes, igualmente cortados em rodelas finas. Polvilhámos com um pouco de sal, pimenta e coentros picados. Dispusemos por cima as postas de bacalhau demolhadas, 3 (grandes) dentes de alho laminados, mais cebola e pimentos,pimenta e coentros. Voltámos a regar tudo com mais azeite e levámos ao forno.

A fome já apertava e nem deixámos o prato alourar devidamente, mas mesmo assim soube-nos muito bem!...


julho 13, 2009

Lembram-se?...

Apesar do calor, queria relembrar este antigo post, e informar quem como eu não sabia, que já há belíssimas feijocas cozidas à venda! (a Ferbar é que não me paga pela publicidade...). Enquanto morei em Lisboa nem sempre foi fácil encontrá-las.















Pessoalmente considero que o feijão posto a demolhar e cozido em lume brando em nossas casa é incomparavelmente mais saboroso, mas,com a correria do dia-a-dia, recorro muitas vezes a este tipo de facilidades.

Posto isto deixo-vos com um grande plano deste "feijão gigante", e vou de férias por alguns dias.

Até breve!

julho 04, 2009

Bolo broa de milho
















Este bolo foi feito seguindo à risca a receita do blog O que Fazer pró Jantar? que há muito faz parte dos meus favoritos.





Ficou fabuloso, e por isso aqui venho prestar a minha homenagem (porque eu bem sei que nos dá um prazer especial ver as nossas receitas testadas pelos amigos)!

Obrigada pela receitinha, que também aqui deixo, tal como lá está publicada:


1 chávena de óleo
2 chávenas de açúcar
4 ovos
1 chávena de leite a ferver
1 chávena de farinha de trigo
1 chávena de fubá (farinha fina de milho)
1 colher (sopa) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de erva doce


Bater bem no liquidificador o óleo, o açúcar e os ovos;
Adicionar o leite quente e voltar a bater;
Adicionar, aos poucos, a farinha, o fubá e o fermento, batendo até que fique uma massa homogénea.
Misturar por fim a erva doce, sem bater.
Colocar em forma untada e enfarinhada e levar a assar em forno médio (±180º). Fazer o "teste do palito", estando pronto quando este sair limpo.

junho 12, 2009

O bolo de iogurte reinventado...





Este bolo de iogurte foi feito sem receita certa, com o que havia no frigorífico e no armário no momento... E sabem que mais? Ficou uma delícia.
Um daqueles acasos que seguramente não se repete, porque à segunda nunca fica igual. Sabem como é, não sabem?



Só tinha dois ovos... O último iogurte era de aroma de frutos silvestres... Na fruteira havia uma última maçã starking... O miolo de amêndoa moído resumia-se a duas colheres de sopa. E queria bolo, mas estava com muita preguiça!

















Ok. Numa tigela misturei: os 2 ovos, o iogurte, meio copo de leite, meio copo de óleo, uma pitada de açucar baunilhado, uma pitada de canela, uma pitada de sal.
Misturei tudo batendo com a vara de arames.

Na outra tigela deitei dois copos (mal cheios) de açucar, dois copos de farinha, a maçã descascada e cortada em cubinhos e o miolo de amêndoa. Misturei os ingredientes secos e juntei a mistura líquida, envolvendo apenas com a vara de arames.

* o copo usado como medida foi o do iogurte.
















Verti a massa numa forma redonda de silicone (para não ter que untar e barrar uma de metal), polvilhei a superfície com um resto de amêndoas palitadas e levei ao forno, que já estava quente.


Espetei-lhe um palito quando ficou com aquele tom dourado e estava pronto. Teria levado uma meia hora, quarenta minutos.

Depois defrio polvilhei-o com açucar em pó.

Também se metem nestas aventuras quando chega a hora de ir às compras e já pouco há em casa?...

junho 08, 2009

Fofo de atum















A receita deste bolo salgado veio da Mesa para 4, onde foi feito na Bimby.
Não tenho Bimby, mas apeteceu-me fazer o bolinho, por isso adaptei-o, com sucesso, à cozinha tradicional.

É perfeito para piqueniques e refeições ligeiras. Obrigada pela receita!

Quem quiser experimentar não vai ficar desiludido, porque é muito saboroso. Serviu-nos de jantar, precedido por uma sopa e acompanhado por uma salada.

Fazer um refogado com pouco azeite, 1 cebola média e 2 dentes de alho. Juntar duas colheres de sopa de polpa de tomate. Juntar o atum (na receita uma lata, eu usei duas) desfeito com um garfo e rectificar de sal. Reservar.

Preparar a massa:

Bater 4 ovos com 200ml de leite e 100ml de óleo (usei azeite e só pûs 50ml, tendo em conta o já usado para o refogado).
Juntar 300g de farinha misturada com 1 colher de chá de fermento, uma pitada de sal, pimenta e noz moscada (não usei a última). Juntei também um ramo de salsa picada, não indicado na receita.

Juntar a mistura do atum à massa reservada e envolver bem.

Levar em forma untada a forno pré-aquecido a 180º durante cerca de 40 minutos.

junho 05, 2009

Muffins de laranja


















Esta receita fui buscá-la ao simpático blog Les Gourmands Disent...

São perfeitos para o meu gosto este bolinhos: fáceis de fazer, como todos os muffins, e deliciosos!

Merci Allullou!

Em vez de os regar com a calda de laranja, injectei-os com uma seringa... Um regalo.

Cá vai a receita:

Pré-aquecer o forno a 185ºC.

Misturar primeiro todos os ingredientes secos:

(Chávena com capacidade 250ml)

1 3/4 chávenas de de farinha
1/2 chávena de miolo de amêndoa moído
1/2 chávena de açucar
1 1/2 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de bicarbonato
1/2 colher de chá de sal
1 colher de sopa de raspa de laranja

Misturar os ingredientes líquidos:

1 ovo
1/2 chávena de óleo
1/2 chávena de iogurte grego
(ou um iogurte natural bem escorrido num filtro de café durante algumas horas)
1/2 chávena de sumo de laranja

A calda:
Ferver o sumo de duas laranjas com meia chávena de açucar e reservar.

Misturar o preparado líquido nos ingredientes secos e misturar rapidamente com uma colher de pau.
Dividir a massa pelas forminhas (podem ser de papel) e cozer durante 15 a 20 minutos.

Retirar os bolinhos do forno e regá-los com uma colher de sopa de xarope, ou, se quiserem fazer como eu, injectar cada um com uma seringa, enquanto quentes.

Fácil, fácil.


maio 31, 2009

Como a mãe, ninguém...



Gosto das receitas antigas, aquelas de que raramente nos lembramos, e que comíamos em casa das nossas avós avós ou que, com sorte, ainda fazem as nossas mães. Como esta:

Chicharro frito com molho de escabeche

As quantidades terão que ser adaptadas à quantidade de peixe que utilizarem, sabem que com as mães a medida é o olhómetro...

Arranja-se o peixe e corta-se em fatias. Salpica-se com sal e deixa-se tomar gosto durante algumas horas.

Depois envolve-se em farinha, de preferência de milho, e frita-se. Reserva-se.

Num tacho de barro coloca-se azeite e deixa-se aquecer. Juntam-se alguns dentes de alho laminados e deixam-se dourar, sem queimar. Junta-se cebola às rodelas, um belo ramo de salsa picada, pimenta em grão e uma folha de louro. Tempera-se com sal grosso.
Estando a cebola macia, junat-se um golpe de vinagre e uma colher de chá de pimentão doce.

Com este molho rega-se o peixe, que nele se conserva por vários dias. Quanto mais tempo passa mais saboroso fica.

Esta engenhosa receita conservava o peixe em tempos idos, quando o frigorífico não existia e o chicharro era a "três, vinte cinco tostões" !...

Gosto dele com batatas cozidas e azeitonas pretas.

maio 23, 2009

As vossas receitas...

Resolvi promover a post as receitas que me deixaram nos comentários às "migas" :


Do Alfredo Caiano Silvestre:

Um caldito pobre com alho, salsa ou hortelã, uma folhita de louro ou, em alternativa, um caldito knorr.

Corto o pão em cubitos pequenos e ponho-o de molho no caldo. Deixo estar, em cozinhês é "reserve".

Faço uma base de tomate, com um bocado de alho, um pedaço de cebola finamente picada, uma folhita de louro e um pouco de bom azeite e, obviamente, tomate, finamente picado, e em "cozinhês" sem peles. Quando estiver apuradinho, tiro do lume e passo pelo passe-vite, deve haver uma palavra em "cozinhês" mas não me lembro. Ao purézito acrescento o pão e deixo ferver até ter consistência mais dura que a expectável, isto para depois de juntar um ovito bem batido que lhe vai dar a cremosidade.

Pois! É assim e sei que sem 100 grs disto e 200 gr daquilo é pouca ajuda.

Tentativa e erro.

Umas posta de solha bem fritas ou umas petingas no forno acompanha divinamente.



Da Piteca:

Amiga eu faço a açorda bem simples. Primeiro que tudo desfaço o pão em água. Depois faço um refogado com alho e cebola picados e azeite e deito o pão bem escorrido. Tempero com um pouco de sal fino e deito ovos (o número de ovos depende da quantidade de açorda que fizeres) misturados com um pouco de leite. Deixo cozer um pouco até ficar cremosa e sirvo. Se quiseres podes juntar marisco no refogado ou mesmo tomate, também fica muito bom! E no fim de pronta, caso gostes podes juntar também coentros picados. :)


da Sónia Alexandra:

Amiga eu fiz uma açrda de camarão e ovas este fim de semana que passou...nunca tinha feito, mas resultou bem...Desfiz o miolo de um pão, daqueles que faço na mpf, demolhei ligeiramente na água quente de cozer as ovas, fiz um refogado com bastante alho, pus lá o miolo de camarão, deixei fritar ligeiramente...coloquei o pão e as ovas desfeitas(sem a pele exterior...fui-lhe dando umas voltas com a colher de pão, acrescentei um pouco de sopa de marisco diluída na água de cozer as ditas ovas...fui acrescentando a água necessária de modo a não ficar a çorda seca...polvilhei com um bom punhado de coentros...naõ sei se te ajudei e se me fiz entender.


Da Patanisca:

Aqueça o azeite e junte os alhos e a cebola picada. Junte as ameijoas, o camarão e o vinho branco. Salpique com o creme de marisco (em pó). Quando começar a ferver acrescente o miolo de pão previamente amolecido em água morna e envolva tudo. Rectifique os temperos e acrescente por fim os coentros e as delícias do mar partidas em pedaços. No final envolva as gemas na açorda.


Do José Feijão:

Na minha zona, o Redondo, colocam-se os coentros ou poejos picados, conforme o gosto do cozinheiro, o alho picado e sal grosso e pisa-se com um pisador até ficar bem moído. Depois disso junta-se uma gema de ovo e tiras de pimento verde e reserva-se na tijela da açorda. Entretanto cozem-se os ovos e postas de bacalhau ou pescada em água e depois de cozerem retiram-se os ovos e a pescada ou o bacalhau para um recepiente e junta-se a água da cozedura ao tempero preparado anteriormente e prova-se para ver se está bom de sal. Depois é só juntar as sopas de pão cortadas finas e está pronto a comer junto com o ovo e o peixe.
Peço desculpa se os terms que usei não são os mais correctos mas sou um cozinheiro amador.
Mas este prato foi o primeiro que fiz questão de aprender e tem feito muito sucesso fora da minha região.



E uma das minhas:

Açorda de Feijão à Moda do Avô


Pão de véspera, de preferência de 2ª, mais escurinho
1/2 l de feijão manteiga ou encarnado
1 cebola grande 1 batata grande
azeite q.b.
cominhos q.b.
3 bons dentes de alho
1 folha de louro
sal

De véspera pôr o feijão de molho, e no dia, cozê-lo juntamente com a cebola e a batata, um fio de azeite e sal a gosto.
Depois de cozido, passar tudo pelo passe-vite e juntar água se necessário, para rectificar a consistência do puré (esta açorda deve ficar tipo sopa, não muito grossa).
Levar novamente ao lume e, quando começar a ferver, juntar os dentes de alho picados e a folha de louro.
Cortar o pão em fatias fininhas e juntar à panela.
Deixar ferver suavemente até o pão se desfazer.
Por último juntar os cominhos, a gosto.
Deixar ainda um minuto ao lume.
Está pronta.

* Esta sopa, muito simples, é muito agradável nos dias frios de inverno.

Receita da Beira Baixa.
Antigamente era costume prepará-la pelo Natal; os cominhos dávam-lhe o toque de festa... O meu avô João não a dispensava.

maio 19, 2009

Mousse de morangos


















Esta sobremesa ocorreu-me à vista de 1/2 quilo de morangos maduros e cheirosos...

Fi-la com:

Os ditos morangos
1 lata de leite condensado
2 pacotes de natas
1 gelatina de morango

Primeiro dissolvi a gelatina em 2 dl de água a ferver e deixei arrefecer.
Triturei os morangos depois de bem lavados e misturei-os no leite condensado, bem como a gelatina, já fria.
Bati os dois pacotes de natas em chantilly e envolvi no preparado anterior.
Foi para o frigorífico durante 3 horas. Antes de servir decorei com os morangos cortados em quatro, como se vê na foto.


maio 17, 2009

Pois a açordita da foto abaixo foi feita mais ou menos segundo o processo do Alfredo C. Silvestre... e também a olhómetro. Cá em casa também costuma acompanhar o peixe frito, e é a preferida da minha filha Joana.

Adorei ler TODAS as vossa receitas! Obrigada por revelarem os vossos segredos...

Aqui na Beira Baixa fazem-se migas de tomate, no tempo deles (a receita já a publiquei por aqui), açorda com ovos batidos, que antigamente eram muito servidas aos bébés (não vou aqui discutir a qualidade nutricional destas refeições...), açorda de feijão com cominhos, que é deliciosa e era a preferida do meu avô João, e uma migas secas com rodelas de ovo cozido que, muitas vezes, constituem refeição completa.

Também não desconheço as migas de espargos com entrecosto, e também já por aqui deixei a receitas delas, segundo Maria de Lurdes Modesto.

Fui dar uma espreitadela nas migas gatas da Patanisca, que não conhecia, e gostei da ideia! A fazer brevemente.

Obrigada a todos pela participação, adoro estas pequenas discussões culinárias! :)

maio 03, 2009

O Rap'ó Tacho faz 3 anos!



Obrigada pelos três anos de visitas, comentários e partilha de experiências culinárias!

maio 01, 2009

Também fiz o doce de vinagre do blog Pão, Bolos & Cia...



Com ovos caseiros e leite gordo. Calórico e delicioso, bem ao meu gosto :D






Ando a tentar executar as receitas que retiro dos meus blogs preferidos, mas ainda faltam muuuuuiiiiitas!...


Receita aqui.

abril 30, 2009

Fiz os sablées da Leonor...



















Conhecem a Leonor, não conhecem?!

Fiz os sablées de vinho branco e óleo que ela publicou há dias, para nosso gáudio.

Não tinha açucar em pó, moí açucar vulgar no moinho do café... Não ficaram tão branquinhos como os dela, mas eram deliciosos!

Digo "eram" porque já não há nenhum...

abril 26, 2009

Favas de azeite à alentejana

Estas favas, que pelo menos uma vez por ano visitam a minha cozinha, começaram a ser feitas cá em casa depois de ter descoberto a receita no livro encantador de Maria Lurdes Modesto de que já por aqui falei: "Palavra Puxa Receita"., e que é uma compilação de artigos publicados no Diário de Notícias.

Eu sou fã desta simpática senhora, e quando ela diz que alguma coisa vale a pena, eu experimento...Segundo ela a receita foi-lhe transmitida por uma amiga alentejana, Catarina Murcho de seu nome.


Eu sei que nem todos gostam de favas; acho mesmo que enquanto crianças a maior parte as detesta! Comigo também foi assim, mas fui mudando de ideias com o tempo. Comecei por inclui-las na sopa e gostei... Depois atrevi-me com as clássicas favas à portuguesa (com enchidos) e não me dei mal, mas estas favinhas de azeite... são o máximo!

Para quem ainda não a conhece, cá vai a receita:

Deitar azeite num tacho, deixar aquecer bem e juntar coentros (espigados, diz a receita), hortelã e folhas de alho, se tiverem. Sabem o que eu faço? Quando não há as folhas de alho junto um pouco de rama de alho francês, que retiro depois, antes de servir. Deixar refogar e juntar as favas ao tacho. Saltear durante uns minutos e deixar cozer brandamente, juntando uns pinguinhos de água quando for necessário. Temperam-se com sal e colorau.

No alentejo as favas acompanham-se com salada de alface, cortada como o caldo verde, bem temperada.

Aqui têm um companhamento simples e delicioso para um peixinho frito.

Quando descobri esta receita sabem o que lembrou? Que a minha mãe faz desde sempre umas batatinhas miúdas novas, no tempo delas, com ervilhas de quebrar, ou de cavaca como lhe chamamos aqui, da mesma maneira!

Nota: foto a incluir um destes dias, pois vou fazê-las em breve.

abril 20, 2009

Enfarinhados de chocolate



















Estes bolinhos conservam-se muito bem durante vários dias, e mais, ganham em sabor com o passar do tempo! Óptimos para acompanhar uma chávena de café, não são excessivamente doces.

São lindos e fáceis de confeccionar.
A receita foi publicada na revista "Vaqueiro" nº 62, de 1999.

Para os fazer precisam de:

200g de chocolate para culinária
100g de margarina
100g de açucar amarelo
3 ovos
200g de farinha
20g de cacau em pó
1 colher sobremesa de fermento em pó
açucar em pó q.b.

Num tachinho derrete-se o chocolate com a manteiga em lume brando. Retira-se o tacho do lume e junta-se o açucar, mexendo até dissolver.

Transfere-se o preparado para uma tigela e juntam-se os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição.

Finalmente envolve-se com uma colher de pau a farinha, previamente peneirada com o cacau e o fermento. Cobre-se a tigela e leva-se ao frigorífico durante 2 horas.

Se quiserem abreviar o tempo de espera guardem no congelador durante meia hora.
Aproveitem para pré-aquecer o forno a 170ºC.

Passado o tempo de repouso moldam-se bolinhas do tamanho de nozes, que se envolvem muito bem em açucar em pó.

Levam-se a cozer num tabuleiro de forno previamente untado, durante 10 1 15 minutos.
Atenção! Perdem muito se os deixarem cozer excessivamente...

Depois de frios, guardar em caixa hermética.

abril 19, 2009

Pão de alho e salsa


















A descoberta das receitas do blog Pão, Bolos & Cia tem-nos proporcionado momentos deliciosos cá por casa...

Fiz este pão para acompanhar um camembert aquecido no forno até ao ponto de fusão, para uma entrada muito simples. A combinação revelou-se muito interessante.

Encontram a receita aqui.

Muito versátil, este pão pode ser confeccionado segundo inúmeras declinações!

Obrigada ao Renato pela receita.

abril 17, 2009

Próxima colheita num quintal perto de mim...



Adivinhem... de que legume se trata?

Esta é fácil :)

abril 13, 2009

Pudim flan



Um pudim flan super fácil, cuja receita fica na memória à primeira e nunca falha!






Basta respeitar duas regras básicas: cozê-lo no forno em banho-maria, e à temperatura de 180ºC. Se for mais elevada, o pudim vai cozer demasiado rápido, largando grande quantidade de água e ficando cheio de buraquinhos...

Muito fácil de realizar, leva:












1 dúzia de ovos
1 litro de leite
12 colheres de sopa de açucar + o necessário para caramelizar a forma
1 colher de sobremesa de farinha maizena (facultativo)
essência de laranja ou baunilha (facultativo)

Pré-aquecer o forno a 180ºC e colocar um tabuleiro com água já quente, onde caiba a forma do pudim.Caramelizar uma forma de bolos, de buraco. Reservar.
Bater ligeiramente os ovos com o açucar e juntar o leite. Se optarem por juntar a maizena, convém dissolvê-la previamente no leite. Juntar, se gostarem, a essência de laranja ou baunilha. O pudim fica delicioso mesmo sem nenhum deste aditivos!...
É importante que não batam excessivamente a mistura!

Verter o preparado na forma através do chinês, para eliminar as películas dos ovos.

Colocar a forma do pudim dentro do tabuleiro que se encontra no forno e deixar cozer até que um palito inserido no centro do pudim saia limpo.
O tempo de cozedura deve variar de forno para forno, mas arrisco que nunca será inferior a uma hora...

Se virem que está a dourar muito à superfície, cubram com folha de alumínio, para evitar que queime.

Vai uma fatia? ;)

abril 08, 2009

O bolo de laranja e azeite de Mme Mahjoub


















Esta receita fez parte da lista (interminável) de receitas a testar dos meus blogs preferidos. Adorámos este bolo macio, húmido e de intenso sabor a laranja, do blog "Le Pétrin".


Se lá forem espreitar, vão ver as fotos maravilhosas que a Sandra tirou ao bolo dela, e vão ficar cheios de vontade de experimentar, como eu fiquei.




















Aqui fica a receita (em tradução livre da minha autoria):

2 laranjas de pele fina, biológicas ou não tratadas
70g de azeite
300g de farinha tipo 55
1 cc de fermento em pó
½ cc de bicarbonato de sódio
½ cc de sal
4 ovos
250g de açucar
1 cc de extracto de baunilha
½ cc de aroma de amêndoa


Pré-aquecer o forno a 180°C. Untar e enfarinhar uma forma de mola de 23 cm de diâmetro e retirar o excesso de farinha.

Lavar e escovar bem as laranjas sob água corrente, secá-las e cortar as extremidades mais espessas. Cortar as laranjas em oito partes, sem as descascar, eliminar as sementes, se as houver e triturá-las no robot de cozinha, até obter um puré grumoso. Juntar o azeite em fio, continuando a triturar até que a consistência se torne espessa e cremosa. Reservar.

Peneirar a farinha com o bicarbonato, o fermento e o sal.

Bater os ovos e juntar o açucar aos poucos: a massa deverá ficar espessa e esbranquiçada. Juntar os extractos de baunilha e amêndoa e misturar.
Juntar a farinha por 3 vezes, alternadamente com o puré de laranja, mexendo com uma colher de pau.
A massa apresentar-se-á um pouco rugosa, devido à casca e polpa de laranja, mas sem traços de farinha.

Deitar na forma, colocar no centro do forno e cozer durante aproximadamente 45 minutos. Verificar a cozedura com um palito.

Cá em casa fizemos-lhe uma cobertura muito simples de chocolate derretido com um pouco de natas.