fevereiro 28, 2007

Ovos Mexidos Com Espargos

Óptimos como entrada ou refeição ligeira, ficam muito melhores se forem preparados com espargos bravos mas, na falta, os de cultura ou mesmo de conserva também os podem substituir, que remédio...

1/2 Kg de espargos
100 g
de manteiga
1,5 dl de natas
10 ovos
sal e pimenta q.b.

Preparar primeiro os espargos: rejeitar a parte fibrosa e raspar-lhes o pé. lavar muito bem e cozer em água com sal durante alguns minutos (deixar estaladiços). Escorrer bem os espargos, cortá-los às rodelinhas e reservar as pontas.
Saltear numa frigideira com 2 terços da manteiga para a quecerem bem e alourarem ligeiramente. Adicionar os ovos batidos, temperados com sal e pimenta, e misturados com as natas.
Juntar o resto da manteiga e deixar prender os ovos a gosto, mexendo sempre, para que fiquem cremosos. Quando prontos, guarnecer com as pontas dos espargos que se reservaram.











E a famosa açorda de espargos, conhecem?

fevereiro 26, 2007

Sopas

As sopas são fáceis de preparar e nunca nos deixam desprevenidos. E durante o Inverno são aconchegantes e fazem-nos sentir realmente em casa.

Aqui todos gostamos de sopa, mesmo as meninas. As crianças só não gostam da sopinha (como a famosa Mafalda!) se não forem habituadas a comê-la desde pequeninas, e é um valioso contributo para uma boa alimentação.

Às vezes são feitas ao sabor do conteúdo do frigorífico, outras vezes são mais "clássicas", como estas, com um ou outro toque que faça a diferença.



À sopa de agrião costumo juntar rodelas de ovo cozido;



Na de feijão verde, quando o puré fica pronto e está na hora de juntar o feijão verde, para além do dito, cortado fininho, junto também uma cebolinha pequena bem picadinha e algumas folhinhas de serpão, uma erva aromática muito vulgar por aqui. Há falta de serpão um pouco de segurelha dará à sopinha um sabor muito especial.

As batatas, cenouras, cebolas e abóbora podem servir de base a quase todas as sopas; e pode-se brincar indefinidamente com os ingredientes, usando favas, lentilhas, couve-flor ou bróculos, ervilhas... Passadas, aos cubinhos, cremosas ou caldinhos, com ou sem carne ou peixe, vivam as sopas!

fevereiro 22, 2007

Empanada de Sardinhas


Esta receita foi postada pela Elvira em tempo de belas e gordas sardinhas assadas, e prepara-se com elas.
Já a fiz diversas vezes e fica sempre suculenta! Da última vez, à falta de sardinhas assadas, usei sardinhas de conserva e mesmo assim ficou óptima.

Obrigada, Elvira, pela receitinha.

Para obterem a receita visitem: http://elvirabistrot.blogspot.com/2006/08/empanada-de-sardinhas-assadas.html.

As fotos da Elvira são bem mais bonitas que as que eu tiro com o telemóvel, e abrem logo o apetite!

fevereiro 18, 2007

Queques de Cenoura

O tempo anda muito instável, um dia chove, outro faz sol. Os dia de chuva têm o condão de me mobilizar para a cozinha, porque o calor do forno aquece o ambiente e os odores que liberta convidam a um chá quentinho, acompanhado com bolinhos como estes. Para as minhas filhotas, que não apreciam chá, um sumo de laranja.




São macios e delicados; os sabores da laranja e da cenoura conjugam-se agradavelmente.

Batem-se 100 g de manteiga com 150 g de açucar até ficar em creme; juntam-se os 3 ovos, um a um, 1 chávena de chá de puré de cenoura, bem escorrido, e 200 g de farinha peneirada com 1 colher de chá de fermento em pó.
Quem gostar pode ainda juntar 60 g de corintos. Mexe-se bem a massa e verte-se em forminhas de queques, bem untadas com manteiga e polvilhadas com farinha. Levam-se ao forno a 180ºC durante cerca de 25 minutos.


Nota 1: Já preparei estes queques com abóbora cozida e escorrida em lugar da cenoura, e ficam igualmente muito bons.

Nota 2: Juntem um pouco de sumo ou raspa de laranja ou tangerina à massa, ficam ainda melhores!

fevereiro 14, 2007

Culinária e bom humor...

De Isabel Stilwell, em Como Dei Com O Meu Psiquiatra Em Louco :

"Já há muito que Hermenegilda se andava a estranhar. Curiosamente, desde que conhecera Segismundo que até sonhava com polvo assado, pezinhos de coentrada e mesmo com feijoada à transmontana. Chegara a entrar em pânico, soccorrendo-se do psiquiatra que há muito a acompanhava, procurando desesperadamente um diagnóstico para os sintomas nos anais da medicina. No dia em que, incitada por Segismundo, lançou o garfo a uma orelhinha de porco, temperada com alho, decidiu que talvez necessitasse de internamento e tudo isto não passasse de uma tal bulimia de que tinha ouvido falar.
(...)Os amigos estranharam. Escondia deles a sua ida à lota e escapulia-se pela porta dos fundos do talho, para que não a vissem por lá. Mas gostava de exibir a Segismundo os seus progressos: "meu amor", dizia ela embevecida, "queres ver que já distingo um camarão de uma ostra?" Ou, noutra ocasião: "Querido, agora é que nunca mais me esqueço. Costoletas são aqueles bifes com osso, não são?"
Segismundo comovia-se. Hermenegilda ganhava carnes, as bochechas já rosadas, como devem ser as de uma moça com saúde. E decidiu que tinha a obrigação moral de fazer qualquer coisa pelos meninos, tão delgadinhos que metia pena.
(...)E no momento em que, por estranha coincidência, o padrasto lhes disse que a primeira lição seriam panquecas, limitaram-se a encolher os ombros. Hermenegilda até lhes tirou uma polaróide. Ah, como valia a pena seguir os manuais de psicologia. Afinal, não eram muito diferentes dos de cozinha: bastava juntar os ingredientes, tal e qual lá vinha escrito."

fevereiro 13, 2007

Ovos em Tomatada


Não estamos em tempo de encontrar belos tomates maduros e saborosos, mas que querem, deu-me vontade de preparar estes ovos...

Sem outra alternativa que recorrer ao tomate pelado, baseei-me na receita tradicional da tomatada à portuguesa e cá vai disto...


A receita da tomatada:

1/2 kilo de tomates
250g de cebola às rodelas finas
1/2 dl de azeite
1 folha de louro
1 dente de alho
1 ramo de salsa
sal e pimenta q.b.

Limpam-se os tomates de peles e sementes e cortam-se em pedaços.

A cebola é cortada em rodelas finas e vai a refogar no azeite, com o alho picado. Deixar estufar bem, sem alourar demasiado. A meio da cozedura juntam-se os tomates, o louro e a salsa picadinha. Tempera-se com sal e pimenta e deixa-se apurar bem.

Para a tomatada com ovos:

Dispõe-se a tomatada de preferência em frigideiras de barro individuais que possam ir ao lume. Logo que ferva, abrem-se nela orifícios onde se introduzem os ovos. Temperam-se com sal e pimenta e deixam-se escalfar em lume brando, até a clara se tornar opaca. Servem-se na própria frigideira.

Como os escalfei todos juntos numa única frigideira, tive de servi-los no prato, mas ficam muito mais bonitos se os servirem como indiquei acima. Já o gosto não sofreu nada com isso.

Podem servi-los com fatias ou triângulos de pão frito : a fritura do pão deve ser feita em duas partes de óleo e uma de manteiga.

Tendo em vista a redução de calorias servi apenas com pão caseiro, torrado.

Como eram ovos do dia, não tive dúvidas em deixá-los com o aspecto abaixo, mas se não confiarem nos ovos (sobretudo nos tempos que correm...) podem sempre deixá-los cozer bem.

fevereiro 08, 2007

Ainda o Bolo de Azeite...

Fiz finalmente o meu bolo de azeite. Foi um sucesso! Muito graças à colaboração que aqui obtive. Agrada-me saber que os bons garfos continuam a perservar a memória das coisas boas da nossa gastronomia, e espero que esta pequena discussão faça com que, assim como nós temos ainda a memória das receitas das nossas avós, também os nossos netos se venham a lembrar das nossas...

A história do bolito já foi toda contada pelo Avental, que para além de nos preparar deliciosas iguarias, tem esse dom de saber contar, como outros bloggers cujos links se encontram aí ao lado ou nos meus favoritos, e que tanto gosto de ler.

Todas as receitas que me deram foram ciosamente guardadas e vão ser postas em prática, ainda que leve algum tempo!

Aí o têm:


Ficou grande e fofinho. O processo de preparação foi semelhante ao usado pelo Avental.

Na ausência de quantidades exactas, servi-me da minha experiência com outros bolos lêvedos e procedi assim:

Primeiro diluí o fermento de padeiro (umas 30 g) numa chávena almoçadeira de água morna. Juntei à mistura umas 3 colheres de sopa de farinha e deixei levedar a mistura.

Numa tigela funda coloquei 4 ovos inteiros e 1 gema, ligeiramente batidos. Os ovos eram caseiros, e estavam à temperatura ambiente. Juntei 1 dl de azeite virgem e a mistura de fermento, em plena actividade. Fui juntando farinha e amassando; juntei 1 colher de sobremesa de sal fino, e quando a massa atingiu a consistência de massa de pão sovei-a até sentir que tinha adquirido corpo e se descolava das mãos. Ao todo terei usado á volta de 600g de farinha.

Nessa altura formei com ela uma bola, cobri-a com um pano e deixei levedar para o dobro.

Depois, dei-lhe uma amassadela ligeira, só para tirar o ar, estendi-a em círculo e dobrei-a ao meio, para dar ao bolo o formato típico. Ao sair do forno estava assim:



Tal como aconteceu com o Avental, o bolo saiu muito mais encorpado do que aqueles que compramos na padaria, já que juntam melhorantes à farinha que fazem com que o miolo dos pães se assemelhe às vezes a algodão doce...

Estava excelente, só têm que fazer um para o comprovar!

Tirei esta foto para terem uma ideia da consistência do miolo:

fevereiro 05, 2007

Broas de Canela da Avó

Este está quase a tornar-se um blog de receitas de pastelaria e guloseimas... Não há dúvida que é dessa parte que mais gosto na cozinha, peço desculpa a quem estiver de dieta!

Por outro lado tenho tido menos tempo para me dedicar ao blog, mas sempre que posso vou visitar os vossos, e procuro não perder as novidades. Há por cá muitos "bloggers" bem simpáticos, e peço desculpa por nem sempre responder aos comentários que por cá deixam, mas podem ter a certeza que todos são lidos e apreciados, e quando leitor é novo vou logo espreitar a página correspondente...

Tenho uma imensa lista de receitas para testar, entre as quais o famigerado bolo de azeite de que por aqui falámos...

Entretanto às vezes deparo-me com estas receitas antigas e fora de moda, e quando são assim rápidas de preparar, quase nunca resisto.



Para fazer estas aromáticas broinhas usei:

1 kg de farinha
1/2 kg de açucar amarelo
2,5 dl de azeite morno
1 colher de chá de bicarbonato
1 pitada de sal
4 ovos
1 colher de chá de erva-doce
1 colher de sobremesa de canela

E as boas notícias? Misturar muito bem todos os ingredientes e moldar as broas com o feitio que se desejar, se quiserem polvilhem com açucar; levar a cozer em forno moderado até ficarem lourinhas.
É só!
Entretanto preparem um bom cafézinho para acompanhar e, logo que saiam do forno vão ver como a vida é bela!