outubro 22, 2009

Venho agradecer o convite do Pedro Rolo Duarte para participar na Revista "Nós Gulosos" do jornal "i" de sábado passado, e o exemplar que teve a gentileza de me enviar, e de que gostei muito!

O Rap'Ó Tacho fez-se representar com esta "velha" mousse de ananás.

outubro 17, 2009

Vamos então às migas...

Já não é sem tempo...

Cozi duas postas de bacalhau e escorri-o. Na água da cozedura do bacalhau levei a cozer dois olhos de couve portuguesa, a que juntei 5 dentes de alho picados e 1/2 dl de azeite.

Quando a couve ficou cozida, mas sem se desfazer, juntei quatro carcaças cortadas em pedacinhos, o bacalhau desfeito em lascas, mais 1/2 dl de azeite. Rectifiquei o sal e deitei uma pitada de pimenta, deixei apurar durante cinco minutos e servi de imediato.

Aí têm!

outubro 09, 2009

Migas de couve com bacalhau e borrego grelhado nas brasas



Folgosinho, vista do castelo









No dia em que almoçámos em Linhares da Beira na verdade tínhamos saído de casa para almoçar em Folgosinho, n' "O Albertino"...

Estávamos preparados para aquele rodízio de pratos deliciosos: o queijo da serra e o chouriço no couvert, a cabidela, o arroz de coelho, o cabrito e o leitão assados, enfim... Devo ter esquecido qualquer coisa...


Uma das atracções de Folgosinho são as inúmeras e bonitas fontes, decoradas com azulejos onde se podem ler alguns versos, às vezes profundos, às vezes brejeiros...



















Pormenor do castelo de Folgosinho








Chegados lá, descobrimos que o Albertino estava de férias e abria no dia seguinte! Com a barriga a dar horas, já preparada para tão saborosas iguarias, rumámos a Linhares da Beira, onde chegámos a desoras e sem saber onde podíamos almoçar.





Linhares da Beira, janela manuelina








Um simpático casal de velhinhos informou-nos que podíamos almoçar na "Taberna do Alcaide", para onde nos dirigimos, segundo as indicações recebidas.
Dado o adiantado da hora, e sendo a Taberna pequenina, não tivemos outro remédio senão esperar que vagasse uma mesa.

















Uma porta do castelo de Linhares e vista geral sobre a vila

Quando finalmente nos acomodámos, pudemos apreciar o sítio com vagar: a Taberna é pequena, tem um número de mesas reduzido, uma grande lareira antiga onde não falta a panela de ferro e a vara para secar o enchido ao fumeiro. Em vez de cadeiras sentámo--nos em banquinhos de madeira; na mesa, os pratos, enormes, têm o logotipo da Taberna gravado.

O serviço é agradável e despretensioso.

Há na lista pratos que têm que ser encomendados com antecedência, como a chanfana e outros; nós tínhamos à nossa disposição: migas de couve com bacalhau, borrego grelhado na brasa com batatinhas salteadas, aba e naco de vitela igualmente grelhados e acompanhados com as famosas migas de couve, que são o objecto deste post.

Para sobremesa há simplesmente leite creme, arroz doce, e o inevitável e delicioso doce de abóbora com requeijão. Ou melhor havia, porque à hora a que chegámos só restava o doce com requeijão, e nós não tivemos pena nenhuma que não houvesse mais nada...
Toda a comida é saborosíssima, de uma grande simplicidade, e foi isso que mais me agradou.

No "couvert" foram-nos servidas salada de feijão frade e grão de bico, e azeitonas.

Seguiram-se as migas de couve com bacalhau, onde sobressaía o sabor do bom azeite e a couve, cozida no ponto, ainda estaladiça... Consistência perfeita.

O borrego era tenro e suculento, e não lhe achei outro tempero que não fosse sal, e umas pinceladas de azeite... estava dourado e apetitoso.

Nota 10 para o maravilhoso requeijão de ovelha que nos foi servido com o doce de abóbora, à sobremesa!

Regressada a casa, resolvi que aquelas migas de couve com bacalhau passariam a fazer parte das ementas cá de casa. O pior é que não tinha outra receita delas que não fosse a memória dos sabores...
Mas fi-las, e ficaram deliciosas. Receita já a seguir, para quem quiser experimentar...

outubro 04, 2009

Ainda o bolo de canela...



Este bolo é um clássico cá em casa. Grande, económico e perfeito para acompanhar uma chávena de café, que é com o que me sabe melhor.

Mas desta vez cozi-o na mfp... Ficou lindo, a cozinha não aqueceu como acontece inevitavelmente quando ligamos o forno, e não tive que me preocupar com o tempo de cozedura: o pré-estabelecido na máquina revelou-se perfeito para o cozer.

Um pormenor: como o bolo tem tendência a pegar-se à forma, deve untar-se o fundo da cuba da máquina com um pouco de margarina ou azeite antes de verter a massa, apesar de esta ser anti-aderente.













Nestes últimos dias passeámos pela linda Serra da Estrela: Estivemos em Manteigas, Covão da Ponte, Folgosinho, Videmonte, Linhares da Beira... A propósito desta última vila tenho uma história gulosa para contar no próximo post. Até lá!