dezembro 23, 2011

Feliz Natal!

Creio que não vai haver tempo para novos posts nos próximos dias, pelo que desde já desejo aos meus leitores um  Natal cheio de coisas boas, sobretudo Saúde e Alegria!




Mais um dos meus (adorados) Presépios...

dezembro 17, 2011

Um bolo-pudim para o Natal, de frutos vermelhos e laranja...


Pois então cá vai, finalmente, a receita do último bolo natalício que foi feito cá em casa (ainda vai haver mais ensaios!...)

Desde já aviso que dupliquei as quantidades da receita da massa *; coloquei metade antes e metade após o recheio. De contrário terão que utilizar uma forma mais pequenina... A minha tem 23cm de diâmetro.


Começar por preparar o recheio:

Fazer uma espécie de compota com 250g de frutos vermelhos (usei dos congelados), 100g de açucar e 50g de manteiga. Ferver tudo junto até espessar um pouco e deixar arrefecer.

Para a massa:
Secos : misturar 175g de farinha com fermento, 175g de açucar e raspa de uma laranja
Juntei também, por minha iniciativa, um pacotinho de açucar baunilhado.

 Líquidos : 2 ovos e 125g de manteiga derretida, arrefecida

Juntar os ingredientes líquidos aos secos e misturar bem, para obter massa lisa. Eu fiz esta operação no robot de cozinha.

Colocar metade de massa * numa forma redonda pequena, baixa, bem untada e polvilhada de farinha.
Cobrir com o doce de frutos vermelhos preparado anteriormente e cobrir com a massa restante.
Salpicar com amêndoa laminada ou em palitos e um pouco de açucar demerara.

Levar o bolo a forno pré-aquecido, a 160ºC, durante pelo menos uma hora. Verificar a cozedura com um fio de esparguete crú antes de o retirar do forno.
Atenção, porque eu espetei-lhe um espeto e o bolo abateu um pouco no local onde foi picado! Fiquei a perceber porque é que há quem seja contra os palitos e afins...



Mais uma (deliciosa) receita de Nigella Lawson ;)

dezembro 09, 2011

Hamburguer à Jamie ...

Enquanto não vos mostro a última delícia de bolo natalício que foi produzida cá em casa, aconselho a fazerem estes hamburgueres à pequenada, que os vai adorar! Por aqui fizeram sucesso.

Vejam aqui : http://www.youtube.com/watch?v=iOkZJe0LdZ4

dezembro 02, 2011

Buñuelos

Chegou Dezembro, e com ele começam as experiências para descobrir coisas novas para a ceia de Natal...
É que para além dos infalíveis e já esperados doces e salgadinhos eu gosto de apresentar todos os anos algumas coisas novas.

Foi assim que ontem descobri estes deliciosos bolinhos fritos, que todos adorámos! E são tão lindos, tão lindos, assim branquinhos, parecem cobertos de neve...


Não se deixem enganar pela foto; os bolinhos ficaram todos do mesmo tamanho e são pequeninos, do tamanho de nozes.
A receita dá apenas para pouco mais que uma dúzia, por isso sugiro desde já que a dupliquem ;)

1 ovo
60ml de leite
150g de farinha
1 colher de chá de fermneto em pó
1/8 colher de chá de cremor tártaro (não tinha, não usei)
1 colher sopa de gordura vegetal (usei óleo)
2 ou 3 gotas de essência de baunilha (que juntei por minha iniciativa)

Óleo para fritar
Açucar em pó para polvilhar  *

*(da próxima vez que os fizer vou juntar ao açucar em pó um pouco de côco pulverizado... nham, nham!)

Para os preparar batem o ovo com o leite e reservem.
Juntem a farinha com o fermento e o cremor tártaro e adicionem a gordura vegetal. Misturem tudo com as mãos ou com a batedeira. Acrescentem a mistura de ovo e a baunilha e mexam apenas o suficiente para obter uma massa cremosa. Se estiver muito pegajosa acrescentem 1 colher de chá de farinha.
Com as mãos untadas moldem bolinhas do tamanho de avelãs (crescem muito!) e fritem numa frigideira com 2,5cm de óleo. Não aquecer o óleo excessivamente. Fritar até se apresentarem lourinhos.
Estes bolinhos tem a particularidade de quase não absorverem óleo, ficam muito sequinhos :)

Depois de fritos envolver os bolinhos em açucar em pó.

Mais uma receita de Nigella Lawson, desta vez de "Na Cozinha Com Nigella"

novembro 28, 2011

Queques de banana e chocolate


Para se fazer estes queques é obrigatório usar bananas muito maduras, que com temperaturas mais baixas não são muito fáceis de encontrar. Eu fi-los já há algum tempo, com 3 bananas que "esqueci" propositadamente na fruteira para o efeito, pois andava com a receita debaixo de olho...
Como são? Húmidos, sem serem massudos, e pouco doces, por isso os mais gulosos talvez sintam falta de um pouco mais de açucar. Conservam bem a textura e o sabor ao longo de alguns dias, acho até que o gosto a fruta se acentua com o tempo.

Os ingredientes são:

3 bananas bem maduras
125ml de óleo vegetal
2 ovos
100g de açucar castanho (usei o comum amarelo)
225g de farinha
3 colheres de sopa (45ml) de cacau em pó de boa qualidade
1 colher de chá de bicarbonato 

Mistura-se a farinha, o cacau e o bicarbonato. Reserva-se esta mistura.
Esmagam-se muito bem as bananas, junta-se o óleo, os ovos e o açucar. Adiciona-se a mistura seca anterior, batendo apenas levemente.
Divide-se a massa por 12 forminhas de queques revestidas com formas de papel e levam-se ao forno durante 15 a 20 minutos.

Nota: mesmo quando a receita o não indica, junto sempre uma pitadinha de sal aos meus bolos.

Nota 2: a receita é de Nigella Lawson, in "Cozinha, O Coração Da Casa".


novembro 18, 2011

Da Covilhã, com amor...

A notícia é do Jornal do Fundão de 7 de Novembro passado,  mas mesmo assim acho que vale a pena deixá-la aqui, para espicaçar a curiosidade de quem não conhece estes produtos...

Nota: os links remetem para "posts" do Rap'ó Tacho sobre estes produtos.

"Confraria promove cherovia e pastel de molho da Covilhã"

O linguista João Malaca Casteleiro e o ex-ministro da cultura Pedro Roseta integram o grupo dos primeiros confrades de honra da Confraria da Pastinaca e do Pastel de Molho da Covilhã. Também a reitora da Academia Sénior da Covilhã, o presidente da Casa da Covilhã em Lisboa e o Padre Fernando Brito tomaram posse na cerimónia de entronização de 60 confrades. A iniciativa apadrinhada pelas confrarias da cereja, azeite e feijoca, realizou-se no último sábado, dia 5 de Novembro, no salão nobre da Câmara Municipal da Covilhã.
A cerimónia ficou ainda marcada pela apresentação do traje da confraria que é assinado por Paulo Runa. O momento contou com a presença de oito confrarias de vários pontos do país. Aquelas organizações são embaixadoras dos produtos e gastronomia de várias regiões. O movimento “confrádico” tem como missão “divulgar produtos e tradições milenares”. Assim será com os embaixadores de dois dos produtos típicos da Covilhã: a cherovia que marcou “a tradição agrícola do concelho e o pastel de molho que foi alimento para os operários da Manchester portuguesa”. Agora que a cherovia já integra o cardápio, Eduardo Cavaco- presidente da direcção da confraria, gostaria de ver “as nossas pastelarias a comercializar o nosso pastel”. Com açafrão ou com molho o importante é que o pastel da Covilhã passe a ser “produto oficial” na cafetaria.
Cerca de ano e meio após a constituição da Confraria, que vai divulgar a cherovia e os pastel de molho da Covilhã, realizou-se o primeiro capítulo da irmandade que reúne 110 sócios e que contou com as confrarias da cereja, azeite e feijoca como “madrinhas” numa cerimónia marcada pela entronização de cinco confrades de honra."

novembro 15, 2011

Bacalhau Com Broa, à moda da Lena...

O bacalhau com broa não é segredo para ninguém; todos temos alguma receita do fiel amigo acompanhado pela broa. 
Esta receita em particular, embora nada tenha de original, é-me muito querida por outros motivos: foi-me dada por uma grande amiga minha, que a idealizou a partir de um prato que lhe foi servido num restaurante.
Os bons garfos somos quase todos assim, quando comemos fora de casa algum prato que nos agrada, tentamos reproduzi-lo na nossa cozinha... Do nome do restaurante não me lembro.



O ideal será encontrar pequenas broas individuais, pois são elas que vão servir de "prato" ao nosso  bacalhau.
Recorta-se uma pequena tampa e escavam-se as broas, reservando, claro está, o miolo.
Obtemos assim umas lindas caixinhas, como a da foto.

O bacalhau deve ser assado à lagareiro, de preferência na brasa, e temperado com alho e muito azeite. Na impossibilidade de assá-lo na brasa, faça-se no forno.

Na mesma ocasião assar também batatinhas pequeninas a murro, envoltas em sal, embrulhadas em papel de alumínio e enterradas nas cinzas, ou, como indicado atrás e na ausência das brasas, no forno.

Cozer e saltear em azeite e alho um molho de grelos, de couve ou nabo, ou então um olho de couve portuguesa.

Depois do bacalhau assado, preparar as migas com o miolo das broas antes reservado*, juntar alguns grelos ou couve cortados aos pedacinhos, e as aparas das postas de bacalhau, reservando apenas os lombos.
encher as cavidades das broas com este preparado, como abaixo, e juntar algumas azeitonas pretas.



Colocar os lombos do bacalhau sobre as migas, regar tudo com um bom  fio de azeite e levar ao forno, para aquecer bem e gratinar um pouco.
Servir uma broa por pessoa, rodeada de algumas batatinhas a murro e os grelos ou couve restantes.


* Para as migas de broa: descascar e picar alguns dente de alho, levá-los ao lume em bastante azeite; cozer o alho sem deixar alourar. Juntar o miolo da broa, esfarelado, e se necessário um gole da água de cozer os grelos ou a couve. Juntar alguns grelos cozidos, escorridos e cortados em pedacinhos, e as aparas de bacalhau.

novembro 12, 2011

Cozinhar Sem Gastar...

... de Anabela Almeida.


Pessoalmente considero que os objectivos a que se propôs a autora forma plenamente conseguidos:
As receitas apresentadas são equilibradas e económicas, sem pretensões e confeccionadas com ingredientes simples, daqueles que habitualmente todos temos em casa.

É também excelente inspiração para as refeições do dia-a-dia, pois consultando o índice, num instante descobrimos algo que nos agrada e pode ser preparado em pouco tempo, quer para o almoço, quer para o jantar.

Gostei !

novembro 06, 2011

"Bollos de Aceite" do Asopaipas


Logo a seguir aos "bollos de leche suizos" fiz estes, de azeite, seguindo escrupulosamente a receita do José Manuel, que transcrevo a seguir.
Ficaram formidáveis, com uma casquinha crocante por fora e muito macios por dentro. Não são tão adocicados como os bolos de leite, apesar de os ter polvilhado por cima com açucar, o que não fiz com os anteriores.

Comêmo-los no feriado de Todos os Santos, ao lanche, com marmelada e doce de abóbora. Em nada ficam atrás do nosso tradicional bolo de azeite da Beira Baixa, que também figurou na mesa na mesma ocasião.

A receita:

500 g de farinha
250 g de água morna
50 g de leite
20 g de leite em pó
15 g de fermento de padeiro
10 g de sal

Depois da 1ª fermentação:
120 g de azeite
Acúcar para polvilhar

Preparação:

Amassar em conjunto todos os ingredientes da massa e deixar dobrar de volume em local abrigado.

Depois desta primeira fermentação juntar o azeite, com paciência, porque ao princípio é um pouco difícil incorporá-lo na massa. 

Dividir a massa en peças pequenas de 80-100g e dar forma aos bolos. Deixamos repousar novamente até que dupliquem de volume. Antes de os introduzir no forno polvilham-se generosamente com açucar.

Pré-aquecer o forno a 250ºC e depois cozer os bolos a 200ºC, durante 15 ou 20 minutos.


Nota: Apesar de serem chamados "bolos" trata-se na realidade de pequenos pãezinhos.




outubro 29, 2011

Bolos de leite Suiços



Encontrei num site espanhol a receita deste bolos de leite lêvedos e pouco açucarados. Ainda ando a explorá-lo, porque acho que tem receitas fantásticas! Os bolinhos são deliciosos para lanche e pequeno almoço, barrados com um pouco de manteiga ou doce.
Eu gosto deles simples, acompanhados com uma caneca de café com leite. O mel que usei na receita, por ser serrano e de aroma forte, deixou a sua marca nos bolinhos...
Ao contrário do que indica a receita, não os pincelei com ovo batido, mas apenas com leite, e também não os polvilhei com o açucar, mas acho que teriam ficado mais bonitos, menos "carecas" :)

Levam então:
350 g de farinha (um pouco mais se necessário).
65 g de manteiga
1 colherada de sopa de mel
40 g de açúcar
15 g de levedura fresca
2 ovos médios.
200 g de leite
2 colheres de sopa de leite em pó
1 colher de café de sal, ou a gosto

Para finalizar:
Ovo batido
Açucar para polvilhar

O modo de fazer:
Desfazer o fermento em algumas colheradas de leite morno e 80g de farinha. Reservar.
Misturar todos os ingredientes restantes e juntar a massa fermentada. A massa deve ficar branda, sem ficar pegajosa, caso em que se deve adicionar um pouco mais de farinha.
Deixa-se levedar, coberta, até que dobre de volume. Depois moldam-se os bolinhos, com cerca de 40g cada, e deixam-se levedar de novo.
para finalizar pincelam-se os bolinhos com ovo batido, faz-se uma fenda em cada um (esqueci-me deste pormenor...) e polvilham-se com açucar a gosto.

Colocam-se no forno, pré-aquecido a 180ºC, durante 15-20 minutos. Os meus ficaram um pouco coradinhos demais...

Espero que gostem ;)

outubro 24, 2011

Livro Novo!

Não consegui esperar pela versão portuguesa, que tarda em chegar, e adquiri mais este:


Durante uns dias não estranhem a minha ausência...
Depois de ter passado horas no youtube a admirar a performance do rapaz, agora vou embrenhar-me na leitura da coisa ;)

Adoro tanto ler como cozinhar... Então quando se podem fazer as duas coisas em simultâneo, a vida é bela!

outubro 16, 2011

Um passeio à serra e ... uns rojões à transmontana

No último feriado fizemos um passeio e passámos o dia na serra, perto de Manteigas, num sítio que adoramos:  o Covão da Ponte, à beira do Mondeguinho, ainda juvenil.
É um local fresco e aprazível, daqueles de que gostam os amigos da natureza e da paz. Sempre que podemos escapamo-nos para lá, para esquecer a rotina e o bulício da vida diária. Voltamos sempre mais leves e felizes.

http://farm3.static.flickr.com/2427/3904960020_24632cef96_z.jpg 

Já cozinhei um bocado em cima da mesa de pedra que se vê na imagem abaixo, num fogãozito de campismo  :)
No parque há também vários locais para fazer churrascos, que como é sabido são os petiscos predilectos de quem vai passar um dia ao campo.

Desta vez comemos um bacalhau à lagareiro ao almoço e um entrecosto grelhado ao lanche-ajantarado, mesmo antes do lusco-fusco...

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5tCBQiJxLNmHpVHytZUIrFa3_IvggqqKv00mp5F3PmJR8_P2EA18ZVkHkGZMLwXtstumSlU3KQsyJm7xj__JJIC2kE1xjRunMRHq17O1DVEHu7MeJWtD4SuUwG4CuZS0Wer7R/s400/Covao-da-Ponte-3.jpg


E então de onde vêm os rojões? Bom, é que no parque há um castanheiro que nos brindou com uns 3 quilos de castanhas. Foram as primeiras que vi este ano: cada vez que passavámos debaixo do castanheiro enchiamos os bolsos de castanhas e, grão a grão, encheu a galinha o papo! Ora do que me havia de lembrar? Apesar do tempo continuar muito quente lembrei-me de uns rojões à transmontana... E, com calor ou sem ele pûs a ideia em prática.



Num recipiente mistura-se vinho branco,  louro,  pimentão, dentes de alho cortados em fatias, salsa picada, sal e pimenta.

Junta-se carne de porco cortada em cubos pequenos (de preferência do lombo) e mistura-se tudo. Guarda-se no frigorífico, coberto, durante pelo menos um dia.

Depois deita-se a carne e marinada num tacho e deixa-se cozinhar até que a carne esteja tenra. Se necessário  retira-se a carne e deixa-se reduzir um pouco o molho, conservando-a quente. Há quem a salteie em banha, e suspeito que ficará ainda mais saborosa, mas eu omito este passo, por razões óbvias...

Juntam-se-lhe as castanhas e as batatinhas cortadas aos cubos, previamente cozidas e descascadas, e rega-se tudo com o molho. Serve-se com a salsa picada polvilhada por cima.

Nota: receita adaptada daqui

outubro 10, 2011

Do fim de semana...

Do que eu hoje devia falar aqui era da perna de borrego assada no forno, a desfazer-se de suculência apenas com a ajuda do garfo, a derreter-se na boca... Há tempos que não comia um borreguinho tão bom! Mas dele nada sobrou para contar a história, ou melhor, o que sobrou acabou num empadão de arroz que também desapareceu sem deixar rasto...

Outra delícia que me encheu as medidas foi um bacalhau à Assis que adorei; acho que gosto mesmo mais do que do tradicional à Brás, embora esta opinião não seja consensual cá em casa (quando é que é?!), e o meu mais que tudo se perca pelo bacalhau à Brás.

As fotos, sempre da autoria da minha filha Margarida, não foram tiradas a tempo e oops! ficam para a próxima...

Restam então estas singelas queijadinhas de leite, receita tirada de um blog, aqui ao lado, que por sinal há muito que não é actualizado...


A receita consta de :

2 ovos
100g de farinha
1/2 l de leite
50g de manteiga derretida
50g de açucar (aumentei um pouquinho, para 70g)
1 colher de café de essência de baunilha (juntei por minha iniciativa)

Sei que havia uma ordem para bater e juntar os ingredientes, mas a verdade é que juntei e bati tudo junto, só até a massa ficar homogénea. E foi para as forminhas, previamente untadas de manteiga e polvilhadas com farinha. Esta última é a parte que eu detesto... alguém já fez queijadas em forminhas de silicone? e aconselham?...

Foram ao forno, que já estava a 180ºC, até que o palito inserido no centro de uma delas saiu seco. mas podiam ter corado um pouco mais.

A receita rendeu uma dúzia de queijadinhas.



setembro 24, 2011

Bolinhos de Aveia Irlandeses

Do mesmo livro do post anterior: uns bolinhos de aveia que já foram feitos e refeitos cá em casa, e que ganharam o estatuto de snack preferido da Joana... Ela gosta deles por serem nutritivos, terem muitas fibras e não serem doces, ou seja, pelas suas boas qualidades. Eu gosto especialmente deles ainda mornos, cheios de manteiga! Pecaminoso, vá... É por estas e por outras que eu engordo e ela não.

Os restantes membros da família não os apreciam... Também se passará o mesmo com os meus leitores? Uma parte da família é ultra-tradicional a comer, e a outra parte gosta de inovações? Como resolvem o dilema?... Aceitam-se (e agradecem-se) sugestões ;)


Podem fazer bolinhos ou uma broa grande.
Comecem por pré-aquecer o forno a 200ºC e revestir um tabuleiro com papel vegetal.

Os ingredientes:

400g de farinha integral
100g de flocos de aveia (não instantâneos)
+ 2 colheres de chá para salpicar os bolinhos
1 colher de chá de sal fino
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
300ml de cerveja sem alcool (ou "morta"*, se não tiverem sem alcool)
150ml de soro de leite ou iogurte natural (usei o segundo)
4 colheres de sopa de oléo de amendoim ou outro óleo vegetal
4 colheres de sopa de mel (usei apenas duas, por ter em casa um mel de sabor muito acentuado)

* abrir a cerveja e deixá-la perder todo o gás antes de a utilizar na receita.

Numa taça misturar todos os ingredientes secos; numa caneca misturar todos os ingredientes líquidos.
Se medir primeiro o óleo e usar a mesma colher para medir o mel, este deslizará com facilidade...

Junte os ingredientes líquidos aos secos e misture com uma colher de pau. A princípio parecerá mole demais, mas com o bicarbonato a actuar tornar-se-á como areia molhada.

A receita diz para se moldarem 12 bolinhos, mas nós fazêmo-los mais pequenos, obtendo assim uns 18. Polvilham-se com as duas colheres de chá de aveia e levam-se a cozer durante cerca de 15 minutos (não ganham crosta).

Se os não congelarem metam-nos alguns minutos a aquecer no forno, nos dois dias seguintes, ou então tostem-nos!


setembro 21, 2011

Delícia de Laranja

 

A ideia de fazer este bolo surgiu pelo facto de ter em casa um frasco de doce de laranja que nunca mais acabava. Não que eu não goste de doce de laranja, pelo contrário! Mas como vamos tendo que contar calorias, os doces são sempre dos primeiros a pôr de parte... Já ao queijo não resisto... incongruências. É óbvio que o queijo, gorduroso, tem mais calorias que o doce de laranja. Enfim.

Bom, ao que interessa.

O bolo é muito simples mas com um intenso sabor a laranja, e uma textura surpreendentemente leve.

Os ingredientes são os seguintes, à temperatura ambiente:

4 ovos
raspa e sumo de uma laranja (o sumo utiliza-se na cobertura do bolo)
250g de manteiga sem sal
75g de açucar branco
75g de açucar mascavado castanho (usei açucar amarelo corrente)
150g de compota de laranja (mais 75g g para cobrir o bolo)
225g de farinha sem fermento
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de fermento

Reserve 75g de compota e o sumo de laranja.

Aqueça o forno a 180ºC.

E agora, veja com atenção: junte os ingredientes restantes e misture tudo com um processador de alimentos;  verta num tabuleiro ou pirex de 24cm de lado e leve ao forno durante 40 minutos. Mais fácil é impossível...

Depois aqueça bem a mistura de sumo de laranja e compota,  até esta  derreter. Espalhe com um pincel sobre o bolo, depois de cozido, e sirva morno ou frio, acompanhado com creme de pasteleiro ou natas batidas. Eu comi o meu com uma bola de gelado de baunilha.



A receita é da Nigella Lawson, em Cozinha, o Coração da Casa.

setembro 16, 2011

Batatinhas Dauphine


Todos conhecemos aquelas batatinhas em bolinhas, pré-fritas, a que se chama "noisette" (pelo menos as do Pingo Doce). São feitas de puré de batata e, apesar de serem fritas e eu andar sempre a fugir dos fritos, gosto muito delas. Mas é raro comprá-las, porque eu e a comida pré-cozinhada não nos damos bem.
Solução? Cozinhar eu própria as ditas batatinhas.

Não sei se foi sorte de principiante, mas ficaram mesmo muito boas. Congelei algumas, para ver como se comportariam se as fritasse congeladas e o resultado não podia ser melhor.
Assim, logo que tenha tempo disponível, pretendo preparar uma quantidade considerável destas pequenas pérolas e fazer stock delas no congelador, para emergências.

A receita que usei, do chef Simon chama-lhes "pommes dauphine", e é pois com esse nome que aqui ficam batizadas.

A receita:
1 kg de puré de batata, temperado apenas com sal, pimenta, manteiga e noz moscada (a última é facultativa, as minhas filhas não gostam...)

NB: Não se põe leite neste puré de batata! Deve ficar seco.

300g de massa de choux ou profiteroles,  feita com:
250ml de água
60g de manteiga
2 ou 3 ovos
125g de farinha
sal q.b.

Penso que todos sabem como se prepara esta massa básica de pastelaria ou massa cozida.
Quem não souber pode espreitar aqui, e seguir o método, usando os ingredientes agora indicados.

Logo que estejam prontos o puré e a massa cozida, há que misturá-los muito, muito bem.
Depois é deixar descansar até o preparado ficar frio e moldar as bolinhas, do tamanho de avelãs grandes. Levam-se a fritar em óleo bem quente, escorrem-se sobre papel de cozinha e servem-se como acompanhamento.

Fazê-las em casa foi uma experiência muito gratificante :)



setembro 13, 2011

Bolachas (cookies?) de chocolate das Joanas...


 Estas bolachas foram feitas pela minha filha Joana, a partir de uma receita de outra Joana...
São absolutamente deliciosas e viciantes! Cuidado, chocoólatras, porque é muito difícil parar sem as comer todas!
Em casa não as voltamos a fazer sem dobrar as quantidades, mas aqui fica a receita original:

100g de manteiga sem sal
100g de açucar mascavado
100g de açucar branco, normal
1 ovo batido
1/4 café de essência de baunilha
150g de farinha sem fermento
1 pitada de fermento em pó
50g de cacau
100g de chocolate de culinária partido em pedacinhos










Aquecer o forno a 180ºC e forrar 2 tabuleiros com papel vegetal.

Bater a manteiga com os açucares, em creme. Juntar o ovo e a baunilha.
Peneirar juntos a farinha, o cacau e o fermento; juntar à mistura anterior.
Por fim adicionar os pedacinhos de chocolate (eu bati a tablete, ainda na embalagem, com o martelo dos bifes e resultou em pedaços pequeninos e apropriados).

Com a ajuda de uma pequena colher colocar porções de massa, espaçadas, nos tabuleiros.
Levar ao forno - vigiando, porque cada forno é um forno! - durante 10 a 15 minutos.

Descolar com cuidado, porque as bolachas saem ainda moles do forno, e deixar arrefecer sobre uma grelha.
Assim que arrefecem ficam na consistência ideal. Guardem numa caixa hermética, se sobrarem algumas!


P.S. Um grande obrigado à Joana Roque pela receita destas delícias.


setembro 07, 2011

Mousse de chocolate da Nigella (sem ovos, com marshmallows)


Eu gosto da Nigella Lawson e das receitas dela. Também gosto do Jamie Oliver e da Mafalda Pinto Leite, e tenho os livros deles. Estou-me pouco ralando se são "tias" e "tios" ou não; eu compro, leio e cozinho o que me apetece, e ninguém tem nada com isso...

Fiquei curiosa com esta receita de mousse de chocolate "instantânea" da Nigella, e há tempos que tinha comprado os marshmellows necessários para a fazer, mas ainda não tinha calhado. Foi desta.

Aqui fica a receita, embora eu goste mais da minha boa velha mousse de chocolate tradicional, com ovos.
O que não quer dizer que esta não seja também muito boa...

Leva:

150g de marshmallows
50g de manteiga macia
250g de chocolate negro 70% cacau
60ml de água acabada de ferver
284g de natas (gordas, diz a Nigella... usei meio gordas)
1 colher de chá de extracto de baunilha

Juntam-se as gomas, o chocolate partido em pedaços, a manteiga e a água a ferver numa caçarola. Leva-se a lume brando para derreter tudo, mexendo de vez em quando. Depois de tudo derretido, deixa-se arrefecer.

Entretanto batem-se as natas  com o extracto de baunilha até engrossarem e envolvem-se na mistura de chocolate já fria, até obter uma mistura homogénea e macia.

Distribui-se por tacinhas (dá 6 de 125ml) e leva-se ao frigorífico até servir.

Nota: Assim que se acaba de preparar, a mousse fica logo com a consistência final. Levá-la ao frigorífico tem apenas como objectivo refrescá-la. Deve ser por isso que a Nigella lhe chama instantânea...


setembro 04, 2011

Arroz de Atum ou comida de aconchego...


Muito poucas vezes caí na tentação de comprar comida pré-preparada ou ultra-congelada para aqueles momentos de aflição em que ficamos em cima da hora para preparar o jantar, depois de um dia cansativo de trabalho. E quando o fiz fiquei sempre desiludida... Ná, aquilo não é para mim!

Este arrozinho tão simples é prova disso. No dia em que o preparei cheguei a casa às 19H25 e às 20H10 o jantar estava pronto! É o tempo que leva a aquecer e cozinhar no forno uma lasanha congelada de qualidade duvidosa...

Um exemplo da comidinha agora chamada confort food ou, como  gosto de lhe chamar, comida de aconchego, que nos faz lembrar da mãe ou da avó...

Preparação:

Num tacho refogar uma boa cebola e dois dentes de alho em azeite. Eu tenho o hábito de pôr primeiro o alho esmagado a estalar, e juntar depois a cebola (atenção para não deixar alourar o alho!).

Quando a cebola estiver macia e a dar sinais de começar a alourar, juntar dois belos tomates maduros sem pele nem sementes, cortados em pedacinhos. Podem usar tomate enlatado, mas agora, que é verão e abunda o bom tomate madurinho, seria uma pena... temperar com sal.

Para retirar as sementes basta abrir os tomates ao meio na horizontal e espremer ligeiramente.
Deixar cozinhar bem o tomate e juntar um gole de vinho branco. Deixar evaporar o alcool, juntar a água necessária à confecção do arroz: eu usei 3 medidas de água para uma de arroz, para um arroz malandrinho (medida de 220ml).

Deixar levantar fervura, rectificar o sal, juntar uma pitada de pimenta, orégãos, salsa ou coentros. O que gostarem...
Juntar o arroz e o conteúdo de três ou quatro  latas de atum. Após levantar fervuradeixar cozer tapado, em lume brando, durante 10 minutos.

Sirvam sem demora, polvilhado com mais salsa picada ou coentros.

Nota: Se usarem atum de conserva em azeite, usem o azeite das latas de atum logo no refogado. Eu junto o atum apenas na fase final do cozinhado para que não se desfaça em demasia. Podem juntá-lo após cozinharem o tomate, se gostarem mais desfeito.



agosto 29, 2011

Bolo de Chocolate sem leite nem ovos...



Andei à procura desta receita para satisfazer o desejo de bolo de chocolate de dois amigos vegan, que como é sabido, não comem carne nem peixe nem quaisquer produtos de origem animal. Sabia que a tinha guardado algures, mas nunca tinha experimentado fazê-la. Se soubessem a quantidade de receitas que eu tenho para experimentar... nem que eu tivesse outra vida depois desta!...

Mas dar uma receita a alguém sem saber se resulta não me parece boa política. Então lá tivemos que testar o bolinho. Ui, que sacrifício ... ;) Foi a minha filha Joana que o preparou mas, confesso, fui eu quem comeu a maior parte!

Foi uma boa surpresa, é mesmo muito bom e a quem não é vegan também não faz mal nenhum poupar no colesterol. É um bolo relativamente pequeno, por isso escolham a forma de acordo com a quantidade de massa.

A receita é do Blog "From Our Home To Yours", onde é chamado 6 Minute Chocolate Cake.

Para o fazer precisam de:


1 1/2 Chávena de farinha
1/3 chávena de chocolate em pó
1 colher de chá de bicarbonato
1/2 colher de chá de sal
1 chávena de açucar
1/2 chávena de óleo
1 chávena de água ou café
2 colheres de chá de extracto de baunilha
2 colheres de sopa de vinagre


Preparação:
Pré-aqueçam o forno a 190ºC.
Numa tigela misturam-se primeiro todos os ingredientes secos; noutro recipiente juntam-se os ingredientes líquidos, menos o vinagre. Misturar os ingredientes líquidos à tigela e mexer até a mistura ficar cremosa. Adicionar o vinagre e envolver rapidamente. A mistura vai fazer espuma: é a reacção do vinagre com o bicarbonato; é normal e só vai ajudar o bolinho a crescer.
Verta na forma escolhida, previamente untada e enfarinhada, e leve ao ao forno durante 25 a 30 minutos.
Sirva com a sua calda preferida.



agosto 20, 2011

Torta de Bacalhau


Esta torta de bacalhau foi cozinhada e comida em muito boa companhia, durante as férias que passaram. Feita a partir de uma receita facultada à minha amiga Lena, muito alterada por nós duas, que a cozinhámos a quatro mãos, resultou em cheio!
Comêmo-la ao jantar, acompanhada por uma salada fresca. Deliciosa!

Vou descrever a receita tal como nós a executámos, fazendo apelo à memória. É muito fácil de fazer.

Usamos:
2 embalagens de migas de bacalhau de 400g
5 ovos (gemas e claras separadas)
4 colheres de sopa cheias de farinha de trigo
Salsa picada e pimenta
1 cebola média
azeite q.b. e sal, se necessário
2 dentes de alho

Recheio:
1/2 frasco pequeno de maionese de compra
500g de camarão descascado, congelado
1/2 frasco pequeno de pickles

Papel vegetal para forrar o tabuleiuro do forno (grande... 40x40)

Demolhar o bacalhau atempadamente,escorrer bem e desfiá-lo muito, muito fininho.

Fazer um refogado com a cebola, os alhos e o azeite, sem deixar alourar demasiado.Juntar o bacalhau e deixar suar durante uns minutinhos. Juntar a salsa picada e temperar com pimenta. Verificar o sal.
Deixar arrefecer um pouco e, já fora do lume, juntar a farinha e as gemas. Nós fizemos estas operações com a batedeira eléctrica, o que desfiou ainda mais o bacalhau. Por fim juntar as claras, previamente batidas em castelo.

Forrar o tabuleiro com o papel vegetal e untá-lo com azeite; espalhar a massa no tabuleiro e levar a forno bem quente até cozer e alourar ligeiramente por cima. Aqui não sei dizer quanto tempo demorou... fomos deitando o olho, e no último minuto liguei o grill só para dar cor. Mas foi muito rápido.

Para o recheio cozemos os camarões apenas em água e sal (cuidado para não cozerem demais!). Barrámos a torta com a maionese, espalhámos por cima os pickles picadinhos e os camarões cozidos, e enrolámos.

Enfeitámos com um fio de maionese e azeitonas sem caroço, às rodelas.


julho 27, 2011

Bolo de limão


Quando vou visitar alguém amigo ou familiar gosto de levar um miminho da cozinha.

O último foi feito a contra-relógio antes de fazer uma visita à tia D.
Parecia uma barata tonta: em cima da hora e ainda não tinha feito nada, não me ocorria nada fácil e rápido.
Peguei num caderno de receitas tiradas da net já há alguns anos, e li "queques de  limão"... Humm, queques é coisa para forminhas pequenas, dá trabalho...
Ná.
Mas li melhor a receita e gostei do conjunto dos ingredientes, achei que o resultado devia ser saboroso.
Ok. Chamei a minha filha Joana e dei estas instruções perfeitamente idiotas:

"Filha, tás a ver esta receita de queques?
Ignora as instruções de preparação, mistura os ingredientes todos juntos com a batedeira, menos as passas, e coze numa tarteira bem untada".

A moça assim fez, e não é que resultou? Dezasseis fatiazinhas de um bolo de limão húmido e aromático com que a tia e as primas se regalaram. E ainda deu tempo para a filha Margarida tirar a fotografia antes de sairmos.

2 ovos
200g de açucar ( a receita indica 250g, mas nós cortamos sempre no açucar...)
1 dl de leite
1,7 dl de azeite virgem
250g de farinha
1 colher de chá de fermento
1 colher de chá de extracto de baunilha
raspa de um limão
1 pitada de sal
sultanas douradas q.b.

O modo de preparação foi o atrás indicado... Depois de verter a massa na tarteira salpicámos com as sultanas e levámos ao forno, já quente. A cozedura foi rápida. A Joana polvilhou o bolo / tarte com açucar de confeiteiro, depois de ter arrefecido um pouco.


julho 13, 2011

Sopa de Tomate à moda da mãe


Esta é uma especialidade da minha mãe. É muito simples e saborosa, como quase tudo que ela cozinha.
Deixo aqui a receita, porque em breve vai chegar a época forte dos tomates dos quintais, bem vermelhinhos e saborosos, sem nada a ver com os desenxabidos tomates de estufa de inverno.

Sabem como é, para as mães as quantidades são a olho, fruto da experiência de muitos anos! :)

Apenas como orientação:

azeite e sal q.b.
1 kg de tomate maduro
400g de batatas
2 cenouras 
1 nabo
1 cebola grande
2 dentes de alho
1 punhado de arroz
1 pitada de pimenta branca

croutons para servir (facultativo)


Comecem então por tratar dos tomates: um corte na base e um escaldão em água a ferver facilitam a tarefa de os pelar. Retirem-lhe também as sementes e cortem em pedacinhos miúdos. Reservem.

Numa panela coloquem um fundo de azeite. Juntem a cebola às rodelas e o alho picado. Levem ao lume e deixem murchar sem alourar a cebola. Juntem os restantes legumes cortados em pedaços e cubram com água suficiente para cozer. Temperem com sal. Quando estiverem tenros, passem a sopa com a varinha ou passe-vite e juntem o tomate. 
Deixem apurar até o tomate estar bem cozido e desfeito. Verifiquem a consistência da sopa e rectifiquem o sal; juntem um pouco de água se necessário, mais um fio de azeite e uma pitada de pimenta.

Um pouco antes de retirar a sopa do lume a minha mãe costuma juntar-lhe um bom punhado de arroz; acho que é o que lhe dá aquele toque materno...
Se o juntarem, deixem cozer mais uns cinco minutinhos. Depois desliguem o fogão e tapem a panela. 
O arroz continua a cozer e "abre" apenas com o calor da sopa.

Serviam simples ou com croutons.

Também gosto desta sopa fria, nos dias de calor intenso.


julho 07, 2011

Moody's

Como portuguesa que sou, tenho mesmo que deixar aqui esta nota:


Um dia depois de a agência de 'rating' baixar para 'lixo' a notação de Portugal, foi criado um evento no Facebook a convidar todos os portugueses a avaliarem negativamente o website da agência.

David Carvalho foi o criador da página 'Cortar na cotação da Moody's', que começa com o seguinte parágrafo:

"A Moody's mais uma vez acabou de prejudicar os portugueses, ao cortar o rating de Portugal e pondo o nosso país no lixo. Consequentemente os juros voltaram a atingir máximos históricos. Mas quem é esta gente para nos avaliar, e nos descredibilizar mesmo depois dos portugueses já estarem a esforçar-se e a sofrer com as medidas de austeridade? Vamos responder na mesma moeda na medida que podemos! A Moody's tem uma plataforma para avaliarmos o website deles!! Vamos portanto considerar o website deles LIXO!!!




junho 29, 2011

Muffins de banana e avelã

Será que a massa tricolor do post anterior intimidou os meus leitores? O certo é que ninguém sugeriu uma receita para a cozinhar... Assim, eu tratarei disso e depois mostro por cá o resultado.

Por agora deixo-vos com estes deliciosos e aromáticos bolinhos, inventados ontem à última hora, para aproveitar duas bananas já muito maduras. O forno ainda estava quente do assado que fiz para o jantar, por isso resolvi aproveitar. Por outro lado tinha um pacote de avelã moída ainda do Natal, imaginem, e a precisar que lhe dessem destino antes de terminar a data de validade. Uma pitada de canela e outra de noz moscada teriam acentuado ainda mais o aroma destes muffins; ficam para a próxima!

(Usei um copo medida de 200ml)

1 1/2 copos de farinha
1/2 copo de farinha de avelã (avelãs moídas)
1 copo de açucar
1/2 copo de óleo
1/2 copo de leite
1 ovo
2 bananas muito maduras, esmagadas
1 pitada de sal

A preparação é a tradicionalmente usada para fazer muffins: juntar primeiro todos os elementos sólidos; em seguida bater ligeiramente o ovo, juntar-lhe o leite e o óleo e misturar. Verter sobre os elementos sólidos, juntar a banana bem esmagada e envolver tudo. Misturar apenas o suficiente.
Verter em forminhas de queques untadas com manteiga ou óleo (usei o spray da Espiga).
Cozer em forno pré-aquecido,  até que um palito inserido no centro do bolinho saia limpo. Não tomei nota do tempo... mas é relativamente rápido.

Mornos estavam uma delícia, e hoje ao pequeno almoço só um soube-me a pouco!

A receita rendeu 8 muffins grandes. Acho que teria conseguido 10 com um pouco mais de parcimónia a encher as formas...

junho 17, 2011

Receita precisa-se...

A minha filha Margarida esteve em Milão e trouxe-me uma prenda:


Ora, o que eu quero é que os meus leitores me dêem sugestões para cozinhar esta massa tão bonita. Pode ser?
Fico à espera...
O(a) autor(a) da receita escolhida vai ter uma prenda! 

Entretanto vejam só algumas delícias com que a pequena se regalou:


Um vero capuccino...


Coppa la Castellan...


Coppa l'ortolano...


Risotto trevisana...


Não ficaram com fome? Eu fiquei :)



junho 08, 2011

Pão de ló "tipo" Alfeizeirão...


Desde a última Páscoa que tenho andado na onda do pão de ló!

Acho o bolo ideal para pôr em evidência o gosto dos ovos frescos caseiros, e tenho executado várias receitas, entre as quais o velho bolo de água, que não fazia há muito tempo, e que para mim é também um pão-de-ló...

Também faço pão de ló em creme há anos, seguindo uma receita que tenho de pão-de-ló de Alfeizeirão. Não sei se a receita é genuína ou não, mas que dá resultado não há dúvida.

Contudo, leva um ror de gemas e faz um bolo pequeno, e por isso desta vez decidi experimentar de novo a "táctica" aqui indicada pelo Luís, desta vez com excelentes resultados. Ao contrário da primeira vez , em que resultou num fiasco, por causa da minha grande impaciência e do  abre-e-fecha da porta do forno...

Depois disto acho que sempre que quiser comer pão-de-ló em creme vou fazer este, maior, mais económico, e delicioso!

Usem a medida que vos der mais jeito, sabendo que:

2 medidas de ovos
2 medidas de açucar
1 medida de farinha

(usei uma caneca de 220ml)

dão um belo pão de ló em creme. Quanto ao tempo de forno, cada um conhece o seu... Desta vez aqueci-o bem, coloquei o bolo lá dentro e baixei a temperatura para 180º. Durante 35 minutos resisti à tentação de abrir o forno. Quando olhei lá para dentro estava com uma cor linda, desliguei o forno. Deixei-o repousar lá dentro mais dez minutos. Ficou assim, tal qual eu desejava.

maio 22, 2011

Arroz do Cozido














Com a chegada de dias mais quentes passamos a fazer menos o Cozido, prato substancial mais  propício aos frios de inverno.  Notem que eu disse menos, não disse que deixava de fazer!

Mas, sabem, do que eu mais gosto no cozido é mesmo do arrozinho, e não é daquele que faço para o acompanhar, no próprio dia, mas o que resulta das sobras, que comemos normalmente no dia seguinte, e que meto no forno, a corar. Carnes, enchidos e legumes que não desapareceram à primeira entram todos nesta festa...

O facto de ser covilhanense e grande apreciadora da panela no forno não deve ser alheio a este meu gosto peculiar, mas só vos digo que me regalo com o dito arrozinho!


maio 17, 2011

Brioche "Chinois"



Tinha várias receitas de "chinois" anotadas, mas fui adiando, adiando, e nunca tinha feito nenhuma...
Desta vez é que foi! Já fiz e repeti esta receita que todos lá em casa adoraram. A minha mãe, então,  delirou com ela (sim, que eu, gulosa, havia de sair a alguém, não?...)!

Para poderem experimentar, cá vai a receita.

Para o creme de pasteleiro podem usar esta ou outra receita já testada aí em casa. Eu uso esta porque é mesmo muito simples.

300ml de leite
2 gemas de ovo
2 colheres de sopa de maizena
55g de açucar
1 colher de chá de extracto de baunilha

Colocar todos os ingredientes num recipiente que possa ir ao lume (eu começo por misturar os sólidos e junto depois as gemas e o leite), mexer constantemente em fogo baixo até a mistura engrossar. Verter para uma tigela, cobrir a superfície com filme plástico para evitar que se forme crosta à superfície e refrigerar até usar.

Para a massa de brioche propriamente dita:

220ml de leite
2 ovos batidos
140g de manteiga derretida
500g de farinha
1 colher de chá de sal
60g de açucar
1 pacotinho de fermento de padeiro seco ou 25g de levedura fresca.

Quem tem máquina de fazer pão pode fazer lá a massa, seguindo as instruções do fabricante. Na minha coloco primeiro os líquidos e depois os sólidos.

Mas há dias em que nos apetece "meter a mão na massa", verdade?

Nesse caso misturem primeiro a farinha com o sal o açucar e o fermento seco. Se usarem fresco, diluam no leite. 
Misturem o leite com a manteiga derretida e os ovos batidos.
Juntem gardualmente a mistura líquida aos sólidos, até obterem uma massa pegajosa. Amassem cuidadosamente até obterem uma massa macia que se descole das mãos, o que pode levar uns 20 minutos! 
Coloquem numa tigela com espaço para a massa crescer e tapem com um pano. Deixem levedar num local de temperatura aprazível, até dobrar de volume.

Nessa altura estendam a massa em rectângulo, cubram com o creme de pasteleiro (e pepitas de chocolate, se quiserem; eu não tinha), e enrolem como uma torta.

Cortem o rolo em fatias de 4 cm de espessura e coloquem lado a lado numa forma redonda, previamente untada e enfarinhada. Deixem levedar mais um bocadinho, até a massa preencher todos os espaços na forma.

Eu polvilhei com canela e açucar amarelo antes de levar a forno bem quente. Depois reduzi para 200ºC e deixei lá por uma meia hora, vigiando constantemente, não fosse o diabo tecê-las, que a brioche, assim cortada às rodelas não fica muito alta e coze com facilidade.

É muito palavreado, mas é muito simples de executar, acreditem. E, já que a chuva voltou, vem mesmo a calhar para um pequeno almoço reconfortante.