setembro 24, 2011

Bolinhos de Aveia Irlandeses

Do mesmo livro do post anterior: uns bolinhos de aveia que já foram feitos e refeitos cá em casa, e que ganharam o estatuto de snack preferido da Joana... Ela gosta deles por serem nutritivos, terem muitas fibras e não serem doces, ou seja, pelas suas boas qualidades. Eu gosto especialmente deles ainda mornos, cheios de manteiga! Pecaminoso, vá... É por estas e por outras que eu engordo e ela não.

Os restantes membros da família não os apreciam... Também se passará o mesmo com os meus leitores? Uma parte da família é ultra-tradicional a comer, e a outra parte gosta de inovações? Como resolvem o dilema?... Aceitam-se (e agradecem-se) sugestões ;)


Podem fazer bolinhos ou uma broa grande.
Comecem por pré-aquecer o forno a 200ºC e revestir um tabuleiro com papel vegetal.

Os ingredientes:

400g de farinha integral
100g de flocos de aveia (não instantâneos)
+ 2 colheres de chá para salpicar os bolinhos
1 colher de chá de sal fino
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
300ml de cerveja sem alcool (ou "morta"*, se não tiverem sem alcool)
150ml de soro de leite ou iogurte natural (usei o segundo)
4 colheres de sopa de oléo de amendoim ou outro óleo vegetal
4 colheres de sopa de mel (usei apenas duas, por ter em casa um mel de sabor muito acentuado)

* abrir a cerveja e deixá-la perder todo o gás antes de a utilizar na receita.

Numa taça misturar todos os ingredientes secos; numa caneca misturar todos os ingredientes líquidos.
Se medir primeiro o óleo e usar a mesma colher para medir o mel, este deslizará com facilidade...

Junte os ingredientes líquidos aos secos e misture com uma colher de pau. A princípio parecerá mole demais, mas com o bicarbonato a actuar tornar-se-á como areia molhada.

A receita diz para se moldarem 12 bolinhos, mas nós fazêmo-los mais pequenos, obtendo assim uns 18. Polvilham-se com as duas colheres de chá de aveia e levam-se a cozer durante cerca de 15 minutos (não ganham crosta).

Se os não congelarem metam-nos alguns minutos a aquecer no forno, nos dois dias seguintes, ou então tostem-nos!


setembro 21, 2011

Delícia de Laranja

 

A ideia de fazer este bolo surgiu pelo facto de ter em casa um frasco de doce de laranja que nunca mais acabava. Não que eu não goste de doce de laranja, pelo contrário! Mas como vamos tendo que contar calorias, os doces são sempre dos primeiros a pôr de parte... Já ao queijo não resisto... incongruências. É óbvio que o queijo, gorduroso, tem mais calorias que o doce de laranja. Enfim.

Bom, ao que interessa.

O bolo é muito simples mas com um intenso sabor a laranja, e uma textura surpreendentemente leve.

Os ingredientes são os seguintes, à temperatura ambiente:

4 ovos
raspa e sumo de uma laranja (o sumo utiliza-se na cobertura do bolo)
250g de manteiga sem sal
75g de açucar branco
75g de açucar mascavado castanho (usei açucar amarelo corrente)
150g de compota de laranja (mais 75g g para cobrir o bolo)
225g de farinha sem fermento
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de fermento

Reserve 75g de compota e o sumo de laranja.

Aqueça o forno a 180ºC.

E agora, veja com atenção: junte os ingredientes restantes e misture tudo com um processador de alimentos;  verta num tabuleiro ou pirex de 24cm de lado e leve ao forno durante 40 minutos. Mais fácil é impossível...

Depois aqueça bem a mistura de sumo de laranja e compota,  até esta  derreter. Espalhe com um pincel sobre o bolo, depois de cozido, e sirva morno ou frio, acompanhado com creme de pasteleiro ou natas batidas. Eu comi o meu com uma bola de gelado de baunilha.



A receita é da Nigella Lawson, em Cozinha, o Coração da Casa.

setembro 16, 2011

Batatinhas Dauphine


Todos conhecemos aquelas batatinhas em bolinhas, pré-fritas, a que se chama "noisette" (pelo menos as do Pingo Doce). São feitas de puré de batata e, apesar de serem fritas e eu andar sempre a fugir dos fritos, gosto muito delas. Mas é raro comprá-las, porque eu e a comida pré-cozinhada não nos damos bem.
Solução? Cozinhar eu própria as ditas batatinhas.

Não sei se foi sorte de principiante, mas ficaram mesmo muito boas. Congelei algumas, para ver como se comportariam se as fritasse congeladas e o resultado não podia ser melhor.
Assim, logo que tenha tempo disponível, pretendo preparar uma quantidade considerável destas pequenas pérolas e fazer stock delas no congelador, para emergências.

A receita que usei, do chef Simon chama-lhes "pommes dauphine", e é pois com esse nome que aqui ficam batizadas.

A receita:
1 kg de puré de batata, temperado apenas com sal, pimenta, manteiga e noz moscada (a última é facultativa, as minhas filhas não gostam...)

NB: Não se põe leite neste puré de batata! Deve ficar seco.

300g de massa de choux ou profiteroles,  feita com:
250ml de água
60g de manteiga
2 ou 3 ovos
125g de farinha
sal q.b.

Penso que todos sabem como se prepara esta massa básica de pastelaria ou massa cozida.
Quem não souber pode espreitar aqui, e seguir o método, usando os ingredientes agora indicados.

Logo que estejam prontos o puré e a massa cozida, há que misturá-los muito, muito bem.
Depois é deixar descansar até o preparado ficar frio e moldar as bolinhas, do tamanho de avelãs grandes. Levam-se a fritar em óleo bem quente, escorrem-se sobre papel de cozinha e servem-se como acompanhamento.

Fazê-las em casa foi uma experiência muito gratificante :)



setembro 13, 2011

Bolachas (cookies?) de chocolate das Joanas...


 Estas bolachas foram feitas pela minha filha Joana, a partir de uma receita de outra Joana...
São absolutamente deliciosas e viciantes! Cuidado, chocoólatras, porque é muito difícil parar sem as comer todas!
Em casa não as voltamos a fazer sem dobrar as quantidades, mas aqui fica a receita original:

100g de manteiga sem sal
100g de açucar mascavado
100g de açucar branco, normal
1 ovo batido
1/4 café de essência de baunilha
150g de farinha sem fermento
1 pitada de fermento em pó
50g de cacau
100g de chocolate de culinária partido em pedacinhos










Aquecer o forno a 180ºC e forrar 2 tabuleiros com papel vegetal.

Bater a manteiga com os açucares, em creme. Juntar o ovo e a baunilha.
Peneirar juntos a farinha, o cacau e o fermento; juntar à mistura anterior.
Por fim adicionar os pedacinhos de chocolate (eu bati a tablete, ainda na embalagem, com o martelo dos bifes e resultou em pedaços pequeninos e apropriados).

Com a ajuda de uma pequena colher colocar porções de massa, espaçadas, nos tabuleiros.
Levar ao forno - vigiando, porque cada forno é um forno! - durante 10 a 15 minutos.

Descolar com cuidado, porque as bolachas saem ainda moles do forno, e deixar arrefecer sobre uma grelha.
Assim que arrefecem ficam na consistência ideal. Guardem numa caixa hermética, se sobrarem algumas!


P.S. Um grande obrigado à Joana Roque pela receita destas delícias.


setembro 07, 2011

Mousse de chocolate da Nigella (sem ovos, com marshmallows)


Eu gosto da Nigella Lawson e das receitas dela. Também gosto do Jamie Oliver e da Mafalda Pinto Leite, e tenho os livros deles. Estou-me pouco ralando se são "tias" e "tios" ou não; eu compro, leio e cozinho o que me apetece, e ninguém tem nada com isso...

Fiquei curiosa com esta receita de mousse de chocolate "instantânea" da Nigella, e há tempos que tinha comprado os marshmellows necessários para a fazer, mas ainda não tinha calhado. Foi desta.

Aqui fica a receita, embora eu goste mais da minha boa velha mousse de chocolate tradicional, com ovos.
O que não quer dizer que esta não seja também muito boa...

Leva:

150g de marshmallows
50g de manteiga macia
250g de chocolate negro 70% cacau
60ml de água acabada de ferver
284g de natas (gordas, diz a Nigella... usei meio gordas)
1 colher de chá de extracto de baunilha

Juntam-se as gomas, o chocolate partido em pedaços, a manteiga e a água a ferver numa caçarola. Leva-se a lume brando para derreter tudo, mexendo de vez em quando. Depois de tudo derretido, deixa-se arrefecer.

Entretanto batem-se as natas  com o extracto de baunilha até engrossarem e envolvem-se na mistura de chocolate já fria, até obter uma mistura homogénea e macia.

Distribui-se por tacinhas (dá 6 de 125ml) e leva-se ao frigorífico até servir.

Nota: Assim que se acaba de preparar, a mousse fica logo com a consistência final. Levá-la ao frigorífico tem apenas como objectivo refrescá-la. Deve ser por isso que a Nigella lhe chama instantânea...


setembro 04, 2011

Arroz de Atum ou comida de aconchego...


Muito poucas vezes caí na tentação de comprar comida pré-preparada ou ultra-congelada para aqueles momentos de aflição em que ficamos em cima da hora para preparar o jantar, depois de um dia cansativo de trabalho. E quando o fiz fiquei sempre desiludida... Ná, aquilo não é para mim!

Este arrozinho tão simples é prova disso. No dia em que o preparei cheguei a casa às 19H25 e às 20H10 o jantar estava pronto! É o tempo que leva a aquecer e cozinhar no forno uma lasanha congelada de qualidade duvidosa...

Um exemplo da comidinha agora chamada confort food ou, como  gosto de lhe chamar, comida de aconchego, que nos faz lembrar da mãe ou da avó...

Preparação:

Num tacho refogar uma boa cebola e dois dentes de alho em azeite. Eu tenho o hábito de pôr primeiro o alho esmagado a estalar, e juntar depois a cebola (atenção para não deixar alourar o alho!).

Quando a cebola estiver macia e a dar sinais de começar a alourar, juntar dois belos tomates maduros sem pele nem sementes, cortados em pedacinhos. Podem usar tomate enlatado, mas agora, que é verão e abunda o bom tomate madurinho, seria uma pena... temperar com sal.

Para retirar as sementes basta abrir os tomates ao meio na horizontal e espremer ligeiramente.
Deixar cozinhar bem o tomate e juntar um gole de vinho branco. Deixar evaporar o alcool, juntar a água necessária à confecção do arroz: eu usei 3 medidas de água para uma de arroz, para um arroz malandrinho (medida de 220ml).

Deixar levantar fervura, rectificar o sal, juntar uma pitada de pimenta, orégãos, salsa ou coentros. O que gostarem...
Juntar o arroz e o conteúdo de três ou quatro  latas de atum. Após levantar fervuradeixar cozer tapado, em lume brando, durante 10 minutos.

Sirvam sem demora, polvilhado com mais salsa picada ou coentros.

Nota: Se usarem atum de conserva em azeite, usem o azeite das latas de atum logo no refogado. Eu junto o atum apenas na fase final do cozinhado para que não se desfaça em demasia. Podem juntá-lo após cozinharem o tomate, se gostarem mais desfeito.