Esta semana tenho tido pouco tempo para cozinhar. Quando assim acontece, como a maior parte das pessoas, recorro a coisas simples e rápidas de preparar.
É nestas ocasiões que mais aprecio alguns livrinhos que, mais que fotografias bonitas de pratos artisticamente arrumados, nos dão bons conselhos para incrementar alegremente pratos simples de todos os dias, e nos ensinam técnicas diferentes de os preparar.
Nesta categoria conto com a Maria de Lurdes Modesto, sempre pronta a dar um bom conselho, ou o professor João Vasconcelos Costa, açoriano de São Miguel, que para além de cientista é um bom garfo e excelente cozinheiro!
Os dois, para além de saberem muito, escreverem coloquialmente e terem excelente bom gosto, têm em conta que chefs há poucos, e muito quem goste de cozinhar e de comer bem.
Os ortodoxos podem achar o molho mousseline no microondas (Maria de lurdes Modesto) uma heresia, mas o que ele faz por um simples filete ou uma posta de peixe cozido!
E a simples esparguete cozida? Quanto não ganha salteada em dentes de alho pisados e picados, com umas folhas de manjericão desfolhadas por cima? (João Vasconcelos)
São estas pequenas coisas que mais me agradam em quem sabe...
Deixei de lamentar a expulsão de Adão e Eva do Paraíso quando descobri que eles não tinham presunto nem ovos mexidos! (Dorothy Sayers)
maio 31, 2006
Quiabos com sabor à baiana
Os quiabos devem comprar-se de cor verde intensa, firmes e sem manchas escuras, com comprimento menor que 12 cm, senão tendem a ser fibrosos e duros.
Temo-los por cá, por isso vamos cozinhá-los!
Uma receita diferente que pode servir como entrada ou acompanhamento, consoante as circunstâncias.
Tirar as pontas e cortar 8 a 10 quiabos em três ou quatro pedaços. Saltear em óleo de palma com alho picado, sal, pimenta, bastante coentro picado e piripiri.
Juntar polpa de tomate, regar com leite de côco e deixar apurar bem, até o molho engrossar.
Fritar 2 batatas doces às rodelas em azeite e temperar com sal e pimenta.
Servir os quiabos sobre as rodelas de batata doce, cobrindo com o molho.
E aí têm uma foma diferente de comer legumes!
O quiabo fornece vitaminas A, C e B1, e cálcio.
A receita é do Professor João Vasconcelos Costa, para quem a cozinha funciona como o violino para Einstein...
maio 30, 2006
Pescada Recheada
Outro dia pûs-me a olhar para um tronco de pescada congelado que tinha no frigorífico sem que ele me dissesse grande coisa. Pescada não é o peixe dos meus amores, e congelada...
Mas enfim, estes produtos também têm que ser cozinhados. Lembrei-me de ter visto uma pescada recheada numa teleculinária e, sem a receita à mão, fiz assim uma espécie de pesto:
Cozi umas folhas de espinafres e meti-as no robot de cozinha com: azeite, 3 colheres de sopa de pinhões, 3 dentes de alho, sal e pimenta e um pouco de manjericão. À papa obtida juntei parmesão ralado.
Abri a pescada de cada lado da espinha dorsal e retirei-a, inteira. Parecia um pequeno bacalhau, assim aberta. Limpei a zona da barriga daquela pele escura que lhe é típica, temperei com sal, pimenta e sumo de limão e deixei-a tomar gosto.
Antes de a levar ao forno recheei-a com o preparado de espinafres e fechei-a, dando-lhe a forma inicial. Segurou-se muito bem assim, sem atar nem nada...
Foi para o tabuleiro de pirex só com azeite, alho e limão às rodelas, e um gole de vinho branco. Ficou bem boa!
Míscaros com ovos
Tenho tantas saudades daqueles dias em que ficava à espera que o meu pai chegasse da caça para espreitar o conteúdo do bornal! Não era dos dos coelhitos bravos e da passarada que eu ficava à espera, mas das romãs, das castanhas, dos malápios e dos míscaros que ele apanhava nas suas digressões pelas serranias...
Dos coelhos e das perdizes tratava a minha mãe como ninguém e, desculpem lá os vegetarianos, mas regalava-me com os petiscos!
Os míscaros, sobretudo os amarelinhos, dão uma entrada fantástica, que também pode ser feita com os pleurotos que há agora à venda nos supermercados. Não é a mesma coisa que feita com os cogumelos selvagens, mas dá para matar saudades de vez em quando. Por curiosidade, aos pleurotos selvagens chama-se por lá tartulhos.
Não estamos na época deles, mas como temos os de cultura, cá vai a receita:
Descascam-se os míscaros (tarefa ingrata... desnecessária com os pleurotos), lavam-se muito bem e cortam-se aos pedaços.
Num tacho, faz-se um refogado com azeite e cebola picada, mistura-se chouriço de carne beirão cortado às rodelas, e os míscaros.
Tapa-se e deixa-se cozer; os cogumelos largam a água necessária a esta operação.
Quando tudo estiver tenro, misturam-se os ovos batidos com sal e pimenta.
Mistura-se tudo muito bem e deixam-se cozer os ovos suavemente, sem os deixar secar.
Não é linda, a minha Serra?
Dos coelhos e das perdizes tratava a minha mãe como ninguém e, desculpem lá os vegetarianos, mas regalava-me com os petiscos!
Os míscaros, sobretudo os amarelinhos, dão uma entrada fantástica, que também pode ser feita com os pleurotos que há agora à venda nos supermercados. Não é a mesma coisa que feita com os cogumelos selvagens, mas dá para matar saudades de vez em quando. Por curiosidade, aos pleurotos selvagens chama-se por lá tartulhos.
Não estamos na época deles, mas como temos os de cultura, cá vai a receita:
Descascam-se os míscaros (tarefa ingrata... desnecessária com os pleurotos), lavam-se muito bem e cortam-se aos pedaços.
Num tacho, faz-se um refogado com azeite e cebola picada, mistura-se chouriço de carne beirão cortado às rodelas, e os míscaros.
Tapa-se e deixa-se cozer; os cogumelos largam a água necessária a esta operação.
Quando tudo estiver tenro, misturam-se os ovos batidos com sal e pimenta.
Mistura-se tudo muito bem e deixam-se cozer os ovos suavemente, sem os deixar secar.
Não é linda, a minha Serra?
maio 29, 2006
Pão de Centeio
(Receita dedicada à Anabela , que o viu num dos meus “posts” de 22/5.
Não se trata aqui de um pão de centeio tradicional, mas de um pão tipo “forma”...
Ingredientes:
280 ml de água morna ou leite
15 g de fermento de padeiro fresco
1 colher de sobremesa de açucar
2 colher de sopa de azeite
1 colher de sobremesa de sal
450 g de farinha (2/3 de farinha de trigo sem fermento tipo 65 e 1/3 de farinha de centeio integral)
Na tigela onde vai ser preparada a massa, dissolver o fermento na água ou no leite e juntar o açucar (favorece o desenvolvimento do fermento). Juntar o azeite e as farinhas. Formar uma bola de massa e deixar repousar 5 minutos. Polvilhar o sal ( o sal inibe a acção do fermento, por isso não se adiciona logo. Amassar muito bem até a massa ficar lisa e se descolar das paredes da tigela ;se puderem usem uma batedeira.
Cobrir com um pano limpo e deixar levedar até dobrar de volume, em local quente, sem correntes de ar. Dado estar calor, basta evitar as correntes de ar, que são fatais para as leveduras... O tempo de levedura é variável, consoante a temperatura.
Untar uma forma (ou duas pequenas) com manteiga e farinha ou forrá-la(s) de papel vegetal.
Dar uma amassadela rápida à massa e colocá-la na(s) forma(s). Cobrir e deixar levedar de novo. Introduzir no forno, bem quente, onde se deverá ter colocado um recipiente com água, para favorecer a formação da crosta. Cozer durante cerca de 35 minutos, verificar em função do forno.
É possível cozer o pão sem pré-aquecimento se dispuserem de um recipiente com tampa que possa ir ao forno e que utilizem como forma. Tem é que ser suficientemente grande para o pão se desenvolver sem se agarrar à tampa, claro...Colocam a massa lá dentro, deixam levedar, tampam, levam ao forno e só retiram a tampa quando o pão estiver cozido. Tenho um tacho em pirex transparente que me serve para este efeito, e tem a vantagem de se poder ver quando o pão está lourinho.
Nota:
A farinha de centeio, dado o seu fraco teor em gluten, tem que ser misturada com farinha de trigo, para permitir que o pão levede correctamente. Quanto maior for a percentagem de centeio, mais compacto será o pão.
Não se trata aqui de um pão de centeio tradicional, mas de um pão tipo “forma”...
Ingredientes:
280 ml de água morna ou leite
15 g de fermento de padeiro fresco
1 colher de sobremesa de açucar
2 colher de sopa de azeite
1 colher de sobremesa de sal
450 g de farinha (2/3 de farinha de trigo sem fermento tipo 65 e 1/3 de farinha de centeio integral)
Na tigela onde vai ser preparada a massa, dissolver o fermento na água ou no leite e juntar o açucar (favorece o desenvolvimento do fermento). Juntar o azeite e as farinhas. Formar uma bola de massa e deixar repousar 5 minutos. Polvilhar o sal ( o sal inibe a acção do fermento, por isso não se adiciona logo. Amassar muito bem até a massa ficar lisa e se descolar das paredes da tigela ;se puderem usem uma batedeira.
Cobrir com um pano limpo e deixar levedar até dobrar de volume, em local quente, sem correntes de ar. Dado estar calor, basta evitar as correntes de ar, que são fatais para as leveduras... O tempo de levedura é variável, consoante a temperatura.
Untar uma forma (ou duas pequenas) com manteiga e farinha ou forrá-la(s) de papel vegetal.
Dar uma amassadela rápida à massa e colocá-la na(s) forma(s). Cobrir e deixar levedar de novo. Introduzir no forno, bem quente, onde se deverá ter colocado um recipiente com água, para favorecer a formação da crosta. Cozer durante cerca de 35 minutos, verificar em função do forno.
É possível cozer o pão sem pré-aquecimento se dispuserem de um recipiente com tampa que possa ir ao forno e que utilizem como forma. Tem é que ser suficientemente grande para o pão se desenvolver sem se agarrar à tampa, claro...Colocam a massa lá dentro, deixam levedar, tampam, levam ao forno e só retiram a tampa quando o pão estiver cozido. Tenho um tacho em pirex transparente que me serve para este efeito, e tem a vantagem de se poder ver quando o pão está lourinho.
Nota:
A farinha de centeio, dado o seu fraco teor em gluten, tem que ser misturada com farinha de trigo, para permitir que o pão levede correctamente. Quanto maior for a percentagem de centeio, mais compacto será o pão.
Bolo de chocolate no microondas
No domingo à noite uma das minhas filhas teve uma súbita vontade de comer bolo de chocolate...
Temos lá em casa uma receita que ela própria descobriu e pôs em prática, e que tem servido muitas vezes para colmatar estes desejos.
Mesmo os cépticos podem acreditar que é muito bom, este bolinho. Já devem ter reparado que também sou adepta das preparações longas e cuidadas, mas nem por isso deixo de aproveitar as vantagens da tecnologia!
Cá em casa as quantidades da receita dão para dois bolos, porque não tenho forma que comporte a totalidade da massa e caiba no aparelho (faço-o numa forma de soufflé). Também se pode preparar só metade da massa, dividindo as quantidades por 2.
Cá vai:
4 ovos
2 chávenas de açucar
2 chávenas de leite
100 g de manteiga
1 chávena de chocolate em pó
2 chávenas de farinha
1 colher de sobremesa de fermento
1 pitada de sal
Nota: a chávena usada é de chá; como usamos sempre a mesma em todos os bolos, da próxima vez vou indicar a capacidade dela em ml.
Juntam-se todos os ingredientes numa tijela, bate-se durante um minuto com a batedeira e leva-se ao microondas, durante 8 minutos na potência máxima, em forma untada com manteiga (pouca manteiga, porque no microondas as gorduras têm grande influência sobre os resultados). Passado o tempo indicado, deixar descansar ainda durante 5 minutos antes de desenformar o bolo.
Cobrir com leite condensado achocolatado e pepitas de chocolate - nós não pusemos, já não havia...
Também se pode utilizar qualquer outra cobertura de chocolate, ou nehuma...
E pronto, desejo satisfeito.
Pesquisando, encontrei outra versão de bolo de chocolate no microondas super interessante, porque descreve todo o processo químico que nos permite obter este resultado, mas ainda não experimentei. Se quiserem dar uma olhadela, está aqui.
maio 26, 2006
Arroz Doce
Há alguns dias, o Chalabi Red abriu uma discussão interessante em torno do arroz doce e, pelo que li, percebi que a maioria das pessoas tem dificuldade em obter o arroz doce dos seus sonhos. Exactamente o que aconteceu comigo... experimentei e voltei a experimentar, até obter o meu arroz doce como o queria.
Tenho hesitado em pôr aqui a receita pelo seguinte: é que o faço a olho, isto é, ele é fruto da experiência, e por isso não há quantidades certas de arroz nem de leite, faço consoante o número de convivas.
Como eu gosto muito dele e todos me dizem que é muito bom, da última vez que o fiz, procedi assim:
Enchi uma chévena de arroz, olhei para ele e verti o leite que achei necessário para o cozinhar para uma caçarola; a seguir deitei numa tigela a quantidade de açucar por mim calculada necessária. E, por amor ao meu blog, a seguir pesei e medi tudo, só para poder postar uma receita que vocês pudesem seguir...
Resultado:
As quantidades não eram exactas, obviamente, por isso arredondei assim:
180 g de arroz de grão redondo
1 l de leite
140 g de açucar (aqui podem pôr mais ou menos, consoante gostem mais ou menos doce)
Sal q.b.
2 folhas de laranjeira (ou uma casquinha de limão; pau de canela não ponho, prefiro polvilhá-la apenas por cima, depois de pronto)
4 gemas de ovo
Pûs a caçarola com o leite a aquecer, lavei e juntei as duas folhas de laranjeira.
Lavei o arroz, deitei-o noutro tacho que estava ao lume com água a ferver, a que juntei uma pitada de sal.
Passados cerca de 5 minutos, escorri o arroz e juntei-o ao leite que estava ao lume a fervilhar. Ficou assim, em lume brando, durante uns bons quarenta minutos. Entretanto ia-lhe dando umas mexidelas com a colher de pau. O arroz adquiriu uma consistência cremosa, e o líquido foi em grande parte absorvido. Nesta fase, tenho para mim que, dependendo da qualidade do arroz, se pode juntar, se se achar necessário, um ou dois goles de leite quente... Cá está, isto faço eu por vezes, olhando para o cozinhado... mas é coisa que só a experiência nos ensina: avaliar o “ponto” da coisa...
Tirei as folhas de laranjeira e provei de sal. Ao contrário do que se possa pensar, os doces também levam sal...
Juntei o açucar às gemas e bati tudo, até obter um creme. Juntei a esta mistura uma concha de arroz a ferver, mexi bem, e juntei tudo ao tacho, que ainda estava ao lume, mexendo sempre, por um escasso minuto (as gemas não devem cozer demais, por isso o arroz doce assim preparado deve ser rapidamente consumido).
Quem não quiser juntar as gemas, junta obviamente apenas o açucar.
Verte-se para uma travessa, deixa-se arrefecer um pouco e polvilha-se com canela.
Se experimentarem, deixem as vossas impressões.
Torricado
Gosto muito de aprender coisas novas e, há dois dias atrás, recebi uma informação preciosa. Sabem o que é um torricado? Pois eu não sabia, mas fiquei a saber.Devo a informação a uma amiga, que me autorizou a publicá-la aqui, o que vou já fazer!
Vejam só que petisco, mesmo a calhar para pôr em prática este Verão (melhor: este fim de semana)!
Usam-se bons pães saloios, pequenos, para serem mais fáceis de comer. Abrem-se ao meio, dão-se uns golpes no miolo de forma a fazer um quadriculado, regam-se com azeite, alho e sal grosso e levam-se às brasas. Depois, segundo a minha amiga, "pranta-se-lhe" em cima o que quisermos: febras, lascas de bacalhau, sardinhas... igualmente cozinhados no braseiro.
Diz ela que quase ninguém conhece, e que os torricados que fazem com os amigos lá em Valadas são sempre um enorme sucesso; mesmo os "esquisitinhos" que não gostam de nada adoram o petisco... Pudera!
Ah, e usem alhos a sério, não destes muito bonitos que não sabem a nada... O conselho é do pai dela, a quem aproveito para desejar uma rápida recuperação e muitos torricados, já nos próximos tempos!
Obrigada, Carmo! Isto é que é ser amiga! ;)
Vejam só que petisco, mesmo a calhar para pôr em prática este Verão (melhor: este fim de semana)!
Diz ela que quase ninguém conhece, e que os torricados que fazem com os amigos lá em Valadas são sempre um enorme sucesso; mesmo os "esquisitinhos" que não gostam de nada adoram o petisco... Pudera!
Ah, e usem alhos a sério, não destes muito bonitos que não sabem a nada... O conselho é do pai dela, a quem aproveito para desejar uma rápida recuperação e muitos torricados, já nos próximos tempos!
Obrigada, Carmo! Isto é que é ser amiga! ;)
maio 25, 2006
Clafoutis de Cerejas
As cerejas de saco da Cova da Beira estão aí em força, e o preço é agora um pouco menos escandaloso, por isso podemos fazer um clafoutis.
É muito simples:
Barramos um tabuleiro com manteiga, deitamos-lhe dentro 400g de cerejas bem pretas.
Misturamos 50 g de farinha com outro tanto de açucar, 2 ovos, e juntamos 4 dl de leite e a raspa de um limão pequeno. Vertemos por cima das cerejas.
Levamos ao forno (temperatura média) já quente, e impacientamo-nos durante 40 minutos.
Saído do forno, polvilhamos com açucar em pó e esperamos que a temperatura baixe o suficiente para podermos comer.
Não se descaroçam as cerejas... Mesmo no doce de cereja, quanto optamos por fazê-lo com cerejas descaroçadas, devemos juntar à panela os caroços, envolvidos numa gaze, porque dão gosto ao doce.
A receita é de Maria de Lurdes Modesto
É muito simples:
Barramos um tabuleiro com manteiga, deitamos-lhe dentro 400g de cerejas bem pretas.
Misturamos 50 g de farinha com outro tanto de açucar, 2 ovos, e juntamos 4 dl de leite e a raspa de um limão pequeno. Vertemos por cima das cerejas.
Levamos ao forno (temperatura média) já quente, e impacientamo-nos durante 40 minutos.
Saído do forno, polvilhamos com açucar em pó e esperamos que a temperatura baixe o suficiente para podermos comer.
Não se descaroçam as cerejas... Mesmo no doce de cereja, quanto optamos por fazê-lo com cerejas descaroçadas, devemos juntar à panela os caroços, envolvidos numa gaze, porque dão gosto ao doce.
A receita é de Maria de Lurdes Modesto
Fim do espisódio chanfana - a receita
A chanfana é um prato rústico, que nasceu do engenho e da necessidade de aproveitar carne dura, como acontece com a deliciosa alcatra dos Açores.
Não é fácil reproduzi-la em casa, porque já não temos o forno a lenha, nem a lareira...
Evidentemente, é também muito difícil encontrar na cidade a carne adequada.
Como sou da Beira Baixa, onde cabras não faltam, sei de que se trata... minha mãe é mesmo natural de uma pequena aldeia que se chama Cortes-do-Meio. Ora por cortes entende-se justamente o lugar onde se guarda o gado (neste caso, cabras). E mau grado as regras da CEE (espero não ir presa), ainda basta falar com o pastor certo para poder comer o pestisco!
Os ingredientes utilizados são simples: carne de cabra, vinho tinto encorpado, de boa qualidade (muito...), banha de porco e azeite, colorau, louro, cabeças de alho, salsa, sal e piri-piri.
O segredo está no modo de a cozinhar: tradicionalmente deixava-se no tempero de um dia para o outro, cozia-se no dia seguinte nos fornos a lenha durante horas a fio, em recipientes de barro vedados com folhas de couve. Por vezes cozia durante toda a noite e, antes de ser servida, era novamente suavemente aquecida no mesmo forno ou à lareira.
A carne assim preparada ganha uma consistência e sabor únicos.
Para reproduzir em casa esta iguaria, faço assim:
Primeiro tiro uns dias de férias e vou para a minha terra; depois, por artes de magia, chega-me uma bela carne de cabra adulta (não faço questão que o animal seja da pré-história...). Procedo ao tempero como indicado atrás, e no dia seguinte levo-a ao forno brando num tacho de barro, durante todo o tempo necessário para apurar e a carne ficar muito tenra e largar dos ossos. Armem-se de paciência: mínimo 4 horas.
É necessário prestar atenção à qualidade do vinho, não serve o tinto corrente, nem o palheto. Precisamos de um vinho tinto forte, encorpado e com alma.
Não é fácil reproduzi-la em casa, porque já não temos o forno a lenha, nem a lareira...
Evidentemente, é também muito difícil encontrar na cidade a carne adequada.
Como sou da Beira Baixa, onde cabras não faltam, sei de que se trata... minha mãe é mesmo natural de uma pequena aldeia que se chama Cortes-do-Meio. Ora por cortes entende-se justamente o lugar onde se guarda o gado (neste caso, cabras). E mau grado as regras da CEE (espero não ir presa), ainda basta falar com o pastor certo para poder comer o pestisco!
Os ingredientes utilizados são simples: carne de cabra, vinho tinto encorpado, de boa qualidade (muito...), banha de porco e azeite, colorau, louro, cabeças de alho, salsa, sal e piri-piri.
O segredo está no modo de a cozinhar: tradicionalmente deixava-se no tempero de um dia para o outro, cozia-se no dia seguinte nos fornos a lenha durante horas a fio, em recipientes de barro vedados com folhas de couve. Por vezes cozia durante toda a noite e, antes de ser servida, era novamente suavemente aquecida no mesmo forno ou à lareira.
A carne assim preparada ganha uma consistência e sabor únicos.
Para reproduzir em casa esta iguaria, faço assim:
Primeiro tiro uns dias de férias e vou para a minha terra; depois, por artes de magia, chega-me uma bela carne de cabra adulta (não faço questão que o animal seja da pré-história...). Procedo ao tempero como indicado atrás, e no dia seguinte levo-a ao forno brando num tacho de barro, durante todo o tempo necessário para apurar e a carne ficar muito tenra e largar dos ossos. Armem-se de paciência: mínimo 4 horas.
É necessário prestar atenção à qualidade do vinho, não serve o tinto corrente, nem o palheto. Precisamos de um vinho tinto forte, encorpado e com alma.
A história da chanfana
Pasmem, pois parece que a chanfana, como grande parte da doçaria tradicional portuguesa nasceu num convento... mais precisamente no Mosteiro de Santa Maria de Semide, em Miranda do Corvo, e que o seu consumo só se generalizou após a 3ª invasão francesa.
Como tinham que pagar foros, os agricultores e rendeiros dos coutos do Mosteiro, que também eram pastores, pagavam com cabras e ovelhas, e aproveitavam para se desfazer dos animais velhos, que já não davam leite nem se reproduziam (espertos...). As freiras, como não podiam sustentar tamanho rebanho, inventaram uma forma de conservar a carne já cozinhada, nas caves do mosteiro, durante todo o ano (tão engenhosas como os pastores...).
Vinho não lhes faltava nos coutos, e a indústria do barro vermelho era florescente na região. A carne assada no vinho mantinha-se no molho solidificado durante meses.
Só durante a 3ª invasão francesa, para evitar que os invasores roubassem o gado, as freiras terão divulgado a receita.
De Miranda do Corvo se terá expandido a toda a região centro, e é também conhecida por “Carne de Casamento”, por ser servida durante festas e ocasiões especiais como essa.
Comida a chanfana, como tinha que se aproveitar tudo, surgiu a “Sopa de Casamento”, feita com as sobras e o molho da carne, que se servia aos convidados no dia seguinte.
O que eu gosto destas histórias...
maio 24, 2006
Chanfana...
Se algum Bom Garfo amigo souber onde se compra em Lisboa carne de jeito para fazer uma boa chanfana, conto a história do prato e dou a receita!
O bolo de canela da tia Irene
Este post é dedicado à minha tia Irene, cozinheira de mão cheia!
A maior qualidade dela resume-se nisto: damos-lhe 3 ou 4 ingredientes que para o comum dos mortais podem até não fazer sentido, e ela há-de ter uma ideia inspirada que os transformará num manjar, qualquer coisa de que ninguém mais se lembraria...
Tudo isto para dizer que a receita de bolo de canela de que mais gosto foi ela que me deu, e vou partilhá-la convosco. Para além de ser delicioso, prepara-se em poucos minutos, qualidade que nos tempos que correm não é de menosprezar.
Precisamos de :
4 ovos
2 chávenas de chá de açucar
2 chávenas de chá de farinha
1 chávena de leite
2/3 chávena de bom azeite
raspa de 1 limão
1 colher de sopa de canela
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 colher de café de bicarbonato
1 pitada de sal
1 cálice de vinho do Porto
Preparação (ultra-rápida):
Numa tigela grande misturar os ingredientes secos com a colher de pau (isto evita a formação de grumos posteriormente).
Abrir uma cova e juntar todos os ingredientes restantes (ovos, leite, raspa, azeite, canela, vinho do Porto...)
Mexer tudo com a colher de pau até homogeneizar. É muito importante NÂO bater a massa, só misturar, sem dar muita importância a algum pequeno grumo de farinha que apareça... Basta apertá-los contra as paredes da tigela para os desfazer.
E... já está!
Deitar a massa numa forma de buraco muito bem untada e polvilhada com farinha (mesmo bem untada, senão o bolo pega ao fundo...).
Cozer durante cerca de 45 minutos em forno médio (verificar a cozedura com um palito).
É bom morno, mantém-se fofinho durante vários dias e, muito importante, ainda ganha em sabor com o passar do tempo...
Não deixem de experimentar!
A maior qualidade dela resume-se nisto: damos-lhe 3 ou 4 ingredientes que para o comum dos mortais podem até não fazer sentido, e ela há-de ter uma ideia inspirada que os transformará num manjar, qualquer coisa de que ninguém mais se lembraria...
Tudo isto para dizer que a receita de bolo de canela de que mais gosto foi ela que me deu, e vou partilhá-la convosco. Para além de ser delicioso, prepara-se em poucos minutos, qualidade que nos tempos que correm não é de menosprezar.
Precisamos de :
4 ovos
2 chávenas de chá de açucar
2 chávenas de chá de farinha
1 chávena de leite
2/3 chávena de bom azeite
raspa de 1 limão
1 colher de sopa de canela
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 colher de café de bicarbonato
1 pitada de sal
1 cálice de vinho do Porto
Preparação (ultra-rápida):
Numa tigela grande misturar os ingredientes secos com a colher de pau (isto evita a formação de grumos posteriormente).
Abrir uma cova e juntar todos os ingredientes restantes (ovos, leite, raspa, azeite, canela, vinho do Porto...)
Mexer tudo com a colher de pau até homogeneizar. É muito importante NÂO bater a massa, só misturar, sem dar muita importância a algum pequeno grumo de farinha que apareça... Basta apertá-los contra as paredes da tigela para os desfazer.
E... já está!
Deitar a massa numa forma de buraco muito bem untada e polvilhada com farinha (mesmo bem untada, senão o bolo pega ao fundo...).
Cozer durante cerca de 45 minutos em forno médio (verificar a cozedura com um palito).
É bom morno, mantém-se fofinho durante vários dias e, muito importante, ainda ganha em sabor com o passar do tempo...
Não deixem de experimentar!
maio 23, 2006
Tarte de Cebola
Uma tarte um pouco diferente das habituais quiches.
A da foto foi feita sobre massa de pizza, mas acho que ainda ficaria melhor sobre massa de pão, deixando um pequeno rebordo à volta para conter o recheio...
Para a confeccionar:
Forrar uma forma de tarte com a massa escolhida, picar o fundo com um garfo e guardá-la no frigorífico. Aquecer o forno a 200ºC.
Alourar 150 g de bacon numa frigideira e escorrer sobre papel absorvente.
Num tacho, fazer caramelizar 3 cebolas grandes cortadas às rodelas em duas colheres de sopa de azeite e uma colher de chá de açucar.
Passar 200g de queijo fresco pelo passador, juntar 1 gema, um pacote de natas, 1 colher de sopa de boa mostarda, sal e pimenta.
Misturar o bacon e a cebola no creme.
Vazar a mistura sobre a massa e levar ao forno até ficar lourinha.
Quem quiser tentar a aventura de fazer queijo fresco em casa, dê uma espreitadela às explicações do Kuka...
maio 22, 2006
Sobremesa em três tempos...
Apetece-vos apresentar uma sobremesa fresquinha, bonita e colorida e não estão com muita paciência para coisas complicadas? Tenho a solução!
É tão fácil que foram as minhas meninas que compuseram esta:
1 base de tarte de compra, pronta a rechear
1 receita de lemon curd
fruta a gosto
Espalhar o lemon curd sobre a base da tarte, cobrir com a fruta (neste caso morangos e quiwi, os meios que havia a bordo). Pincelar com geleia, se tiverem à mão, levar ao frogorífico e servir fresca.
Fica muito boa se a cobrirem apenas com morangos bem maduros, inteiros, ou bagos de uva pretas e brancas, bolinhas de meloa ou melão, o que a imaginação vos ditar...
Como se faz o lemon curd:
Raspa e sumo de 2 limões
250 g de açucar
50 g de manteiga
3 ovos inteiros
1 folha de gelatina demolhada em água fria
Misturam-se todos os ingredientes com uma vara de arames, levam-se a lume brando numa caçarola pequena, mexe-se sempre e aguarda-se pacientemente que ganhe consistência.
Se não for para utilizar logo, conserva-se durante uma semana no frigorífico num pote de vidro previamente esterilizado, se afastarem os gulosos!
Experimentem também servi-lo sobre torradas, acompanhadas com um chá.
É tão fácil que foram as minhas meninas que compuseram esta:
1 base de tarte de compra, pronta a rechear
1 receita de lemon curd
fruta a gosto
Espalhar o lemon curd sobre a base da tarte, cobrir com a fruta (neste caso morangos e quiwi, os meios que havia a bordo). Pincelar com geleia, se tiverem à mão, levar ao frogorífico e servir fresca.
Fica muito boa se a cobrirem apenas com morangos bem maduros, inteiros, ou bagos de uva pretas e brancas, bolinhas de meloa ou melão, o que a imaginação vos ditar...
Como se faz o lemon curd:
Raspa e sumo de 2 limões
250 g de açucar
50 g de manteiga
3 ovos inteiros
1 folha de gelatina demolhada em água fria
Misturam-se todos os ingredientes com uma vara de arames, levam-se a lume brando numa caçarola pequena, mexe-se sempre e aguarda-se pacientemente que ganhe consistência.
Se não for para utilizar logo, conserva-se durante uma semana no frigorífico num pote de vidro previamente esterilizado, se afastarem os gulosos!
Experimentem também servi-lo sobre torradas, acompanhadas com um chá.
Pasta de queijo fresco com cebolinho
Um queijinho fresco sabe sempre bem como entrada, mas, se o quisermos incrementar um pouco, batêmo-lo em creme, juntamos uma colher de sopa de cebolinho picado, um golo de vinho branco, temperamos com sal e pimenta e uma colher de chá de mostarda forte.
Servimos sobre fatias finas de pão centeio torrado.
Ou então:
Utilizamos esta pasta para barrar umas tirinhas de salmão fumado, enrolamos e colocamos por cima de uma salada de folhas bem temperada com vinaigrette e acompanhamos com o pão torrado.
Simpática a entradinha, não é?
O pãozinho de centeio feito em casa, com farinha integral de produção biológica...
Servimos sobre fatias finas de pão centeio torrado.
Ou então:
Utilizamos esta pasta para barrar umas tirinhas de salmão fumado, enrolamos e colocamos por cima de uma salada de folhas bem temperada com vinaigrette e acompanhamos com o pão torrado.
Simpática a entradinha, não é?
O pãozinho de centeio feito em casa, com farinha integral de produção biológica...
maio 19, 2006
Cinnamon Rolls
Que é como quem diz, caracóis com canela e nozes.
Post a pedido da minha filha, que os adora.
Para a massa :
20 cl de leite
50 g de manteiga
400 g de farinha 55
60 g de açucar
1 pacote de fermipan ou 12 g de fermento de padeiro fresco
1 ovo
Para rechear:
50 g de margarina ou manteiga derretida
115 g de açucar amarelo
2 c de café de canela
150 g de nozes partidas
Glace:
115 g de açucar de pasteleiro (em pó)
1/2 c café de aroma de baunilha ou açucar baunilhado
um pouco de leite
20 g de manteiga derretida
Massa:
Aquecer o leite com a manteiga; misturar com 145 g de farinha, o açucar, o sal, a levedura e o ovo.
Bater bem a massa para misturar todos os ingredientes
Ir juntando a farinha até que a massa não cole às mãos.
Colocar a massa numa tijela untada com manteiga.
Deixar levedar durante cerca de 1 hora.
Estender a massa sobre uma superfície enfarinhada, em rectângulo, com a ajuda do rolo. O lado maior virado para a fente.
Barrar com a manteiga, deixando uma tira livre de manteiga lá atrás; misturar o açucar amarelo e a canela e espalhar sobre a manteiga. Espalhar em seguida as nozes.
Enrolar a massa da frente para trás até à tira livre de manteiga (onde acaba o rolo, assim a massa adere e cola). Virar o rolo de forma a que a abertura fique para baixo. Cortar o rolo em 12 fatias grossas, colocá-las no tabuleiro sobre papel vegetal untado, deixando um pouco de espaço entre elas (vão inchar e colar-se umas às outras).
Deixar levedar cerca de 1/2 hora.
Aquecer o forno a 180°.
Cozer entre 20 et 25 mn.
Deixar arrefecer.
Glace:
Misturar todos os ingredientes até obter um preparado relativamente espesso, mas que escorra. Verter com uma colher sobre os caracóis mornos, em fio.
Podem fazê-lo de forma mais artística que eu...
Dá um bocadinho de trabalho, mas é mais o palavreado que outra coisa...
Receita da Céline
Entrecosto com arroz, à minhota
Quando fiz férias no Minho não houve vila ou aldeia onde não tivesse encontrado uma "venda" com os tabuleiros do entrecosto no sal, já temperado, pronto para preparar este prato.
Chegada a casa, resolvi experimentar fazê-lo, com bons resultados.
Não imaginam como gosto de arroz, de todas as maneiras! Mais um bocadinho e fico com os olhos em bico...
Ora então, cá vai:
Começo por dizer que os minhotos juntam ao arroz o seu chouriço de cebola, coisa que não tinha, e portanto servi-me de um belo chouriço de carne da minha terra.
Outra coisa: quem estiver à dieta, abstenha-se...
Cortei o entrecosto e duas fatias de entremeada em pedaços, temperei com colorau, alho picado, uma ceboal picada, sal, cominhos, uma folha de louro partida, sem o veio, uma colher de vinagre e pimenta moída na altura. Reguei com vinho tinto da safra paterna (devia ter sido com um vinho verde tinto... ), tapei a tigela e deixei-a no frigorífico.
No dia seguinte pûs o tacho ao lume com azeite, juntei o conteúdo da tigela (sem o líquido, que reservei) e deixei alourar bem a cebola e a carne.
Juntei o líquido da marinada e meio chouriço, e quando achei que o alcool do vinho já tinha evaporado, juntei parte do caldo onde tinha cozido feijão manteiga (na proporção de 3 vezes o volume de arroz que ia cozinhar)e uma concha dos próprios feijões cozidos.
Deixei cozer as carnes, retirei o chouriço e juntei o arroz. Rectifiquei os temperos (sou parcimoniosa com o sal, detesto comida salgada), mexi e tapei o tacho, com o lume no mínimo até o arroz estar cozido (fica malandrinho). Fui deitando umas olhadelas e ainda juntei um bocadinho de caldo do feijão .
Polvilhei com salsa picada e cortei por cima o chouriço em rodelas.
Comemos logo em seguida, como é regra com este tipo de arroz.
maio 18, 2006
Polme para fritar
Para fritar legumes e fruta (as maças fritas às rodelas fininhas neste polme e cobertas com açucar e canela são deliciosas...) faz-se assim o polme:
Colocam-se 250 grs de farinha numa tigela, abre-se um poço, junta-se sal, 3 ovos inteiros, 0,5 dl de óleo ou azeite e incorpora-se tudo com a vara de arames juntando a pouco e pouco 2,5 dl de cerveja branca, leite ou água (consoante o fim a que se destina, questão de gosto...). Cobre-se a tigela e leva-se ao frio por cerca de duas horas.
Findo este tempo, juntam-se 3 claras em castelo.
No caso de se destinar a fritar maçã ou outros frutos, pode juntar-se às claras um pouco de açucar. *
A quantidade de polme que se obtém é considerável.
Pronto, já podem fazer tempura na panela da fondue (os alimentos a fritar têm que ser frescos, de pequenas dimensões e bem cortados) ou beignets de maçã para a sobremesa...
* receita do Chef Simon
Colocam-se 250 grs de farinha numa tigela, abre-se um poço, junta-se sal, 3 ovos inteiros, 0,5 dl de óleo ou azeite e incorpora-se tudo com a vara de arames juntando a pouco e pouco 2,5 dl de cerveja branca, leite ou água (consoante o fim a que se destina, questão de gosto...). Cobre-se a tigela e leva-se ao frio por cerca de duas horas.
Findo este tempo, juntam-se 3 claras em castelo.
No caso de se destinar a fritar maçã ou outros frutos, pode juntar-se às claras um pouco de açucar. *
A quantidade de polme que se obtém é considerável.
Pronto, já podem fazer tempura na panela da fondue (os alimentos a fritar têm que ser frescos, de pequenas dimensões e bem cortados) ou beignets de maçã para a sobremesa...
* receita do Chef Simon
Cherovias
Pois é, áqueles legumes brancos, em forma de cenoura, chama-se na Beira Baixa cherovias...
O Chalabi Red acertou, e agora já as conhece... de vista.
O Kuka, como cozinheiro que é, também acertou, porque o nome delas é mesmo pastinaga. Mas já sabem: cada terra com seu uso, e os beirões arranjaram-lhe uma alcunha...
A Elvira também as identificou, pois os franceses chamam-lhe "panais".
As cherovias são desconhecidas porque são um bocadinho mal-amadas, na minha opinião, sem razões para isso.
Com elas e com as beringelas, faz-se na Beira Baixa uma espécie de tempura gigante.
Porque quem ensinou os japoneses a fazer fritos foram os jesuítas portugueses. Era um método de cozedura desconhecido para eles até então.
A palavra tempura deriva da palavra portuguesa Têmpora, quer dizer da época das Têmporas (por alturas da Páscoa), designação que para nós caiu em desuso. Contudo continuamos a chamar aos primeiros frutos da estação "frutos temporãos"...
Se repararem, na tempura entram apenas vegetais e peixes ou mariscos, nunca carne. Isto deriva do facto de na Páscoa os jesuítas fazerem abstinência de carne, costume que ainda se mantém em muitas regiões do interior do país.
Tudo isto para explicar que as cherovias se descascam, cozem-se às fatias (cortadas no sentido do comprimento) em água e sal, passam-se por um polme, como o que se faz para os peixinhos-da-horta, e fritam-se em azeite.
O mesmo fazem os beirões com as beringelas, cortadas às rodelas, salpicadas com sal, sem as cozer previamente.
As cherovias devem ser sempre muito frescas e tenras, caso contrário o gosto delas altera-se, amolecem e ficam francamente desagradáveis, e as beringelas maduras, de pele bem esticada e firmes, sem sementes formadas; se forem demasiado grandes tornam-se esponjosas.
O gosto delas: um pouco como a cenoura, mas mais acentuado, também são adocicadas como as cenouras, e eu diria que há ali também qualquer coisa que nos faz lembrar o nabo... Enfim, só provando!
Quando tenho muitas saudades delas, escolho cenouras grandes e tenras e preparo-as da mesma maneira, coisa que também podem fazer.
Obrigado a todos os que participaram na brincadeira :)
Como Maria de Lurdes Modesto apetece-me dizer :
Será que depois disto não mereço que um agricultor beirão cultive e faça chegar a todo o país as cherovias da minha paixão?
O Chalabi Red acertou, e agora já as conhece... de vista.
O Kuka, como cozinheiro que é, também acertou, porque o nome delas é mesmo pastinaga. Mas já sabem: cada terra com seu uso, e os beirões arranjaram-lhe uma alcunha...
A Elvira também as identificou, pois os franceses chamam-lhe "panais".
As cherovias são desconhecidas porque são um bocadinho mal-amadas, na minha opinião, sem razões para isso.
Com elas e com as beringelas, faz-se na Beira Baixa uma espécie de tempura gigante.
Porque quem ensinou os japoneses a fazer fritos foram os jesuítas portugueses. Era um método de cozedura desconhecido para eles até então.
A palavra tempura deriva da palavra portuguesa Têmpora, quer dizer da época das Têmporas (por alturas da Páscoa), designação que para nós caiu em desuso. Contudo continuamos a chamar aos primeiros frutos da estação "frutos temporãos"...
Se repararem, na tempura entram apenas vegetais e peixes ou mariscos, nunca carne. Isto deriva do facto de na Páscoa os jesuítas fazerem abstinência de carne, costume que ainda se mantém em muitas regiões do interior do país.
Tudo isto para explicar que as cherovias se descascam, cozem-se às fatias (cortadas no sentido do comprimento) em água e sal, passam-se por um polme, como o que se faz para os peixinhos-da-horta, e fritam-se em azeite.
O mesmo fazem os beirões com as beringelas, cortadas às rodelas, salpicadas com sal, sem as cozer previamente.
As cherovias devem ser sempre muito frescas e tenras, caso contrário o gosto delas altera-se, amolecem e ficam francamente desagradáveis, e as beringelas maduras, de pele bem esticada e firmes, sem sementes formadas; se forem demasiado grandes tornam-se esponjosas.
O gosto delas: um pouco como a cenoura, mas mais acentuado, também são adocicadas como as cenouras, e eu diria que há ali também qualquer coisa que nos faz lembrar o nabo... Enfim, só provando!
Quando tenho muitas saudades delas, escolho cenouras grandes e tenras e preparo-as da mesma maneira, coisa que também podem fazer.
Obrigado a todos os que participaram na brincadeira :)
Como Maria de Lurdes Modesto apetece-me dizer :
Será que depois disto não mereço que um agricultor beirão cultive e faça chegar a todo o país as cherovias da minha paixão?
maio 17, 2006
Sopa de Salsa
Aqui em casa há sempre sopa, não passo sem ela, tenho que comer sopa pelo menos uma vez ao dia, senão falta-me qualquer coisa!
(Uma piscadela de olho à Laranja com Canela, que tem sempre umas sopinhas deliciosas!)
Além disso, quando temos sopa nunca estamos desprevenidos...
E se estivermos desprevenidos com os ingredientes para a fazer?
Se tiverem os poucos que vou mencionar, e com os quais os covilhanenses preparam uma saborosa sopa de salsa, têm o problema resolvido!
Quanto às quantidades, cada um conhece o tamanho da sua panela, por isso adaptem à vontade... Estas são as quantidades para a minha panela mais pequena.
Precisam de :
7 batatas médias
2 cebolas
2 dentes de alho
1 ramo de salsa
4 colheres de sopa de azeite
2 ovos
quadrados de pão frito q.b. (facultativo)
Cozem-se as batatas, a cebola e os alhos numa panela com água e sal. Cinco minutos antes do final da cozedura, junta-se o azeite. Passa-se a sopa com a varinha mágica. Junta-se um ramo de salsa muito picadinha, e deixa-se levantar fervura.
Por fim misturam-se na sopa os ovos batidos ou, como eu prefiro, cozidos e cortados às rodelas.
Pode ainda servir-se com quadradinhos de pão frito, mas é facultativo.
Hão-de aparecer por aqui mais receitas da minha terra.
Entretanto, sempre vos digo que a salsa é rica em vitaminas A e C e oligo-elementos, e tem propriedades depurativas e diuréticas. Para além do papel que habitualmente desempenha no clássico ramo de cheiros, dá cor e enriquece saladas e omeletes.
maio 16, 2006
Pãezinhos para o lanche
Eu gosto de fazer pão para o lanche das minhas filhotas... Vou experimentando coisas novas e não me tenho dado nada mal. Essas experiências vão aparecer por aqui.
Tenho sempre fermento de padeiro congelado no frigorífico (às porções para 1/2 kg de farinha) e, quando chego a casa stressada, bato na massa...
Esta receita foi adaptada de um bolo salgado publicado numa teleculinária. Originalmente a massa divide-se em duas partes; metade cobre o fundo da forma ou tabuleiro, põe-se por cima o recheio (chouriço, queijo e fiambre ou outros) e cobre-se com a outra metade.
Eu resolvi fazer com ela estes pãezinhos, uma espécie de merendinhas individuais.
25 g de fermento de padeiro
2 dl de leite
1 colher sopa de açucar
1/2 kg de farinha
2 ovos
2 colheres sopa de manteiga
1 colher de sobremesa rasa de sal
queijo e fiambre ou chouriço
1 gema de ovo misturada com um pouco de leite, para pincelar
Amornar o leite.
Dissolver o fermento num pouco de leite morno; bater ligeiramente os ovos.
Juntar a manteiga amolecida ao leite restante (vai derreter).
Colocar a farinha dentro de uma tigela, misturada com o açucar, abrir uma cova ao centro e deitar aí os liquidos, incluindo os ovos. Amassar ligeiramente e polvilhar com o sal.
Amassar muito bem * e deixar levedar até duplicar de volume, em local temperado.
Estender a massa com o rolo sobre uma superfície enfarinhada, em rectângulo.
Cobrir metade com o recheio, dobrar por cima a parte que ficou livre e cortar as merendinhas.
Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal ligeiramente untado. Deixar crescer de novo (+ ou - meia hora, agora que o tempo está quente). Pincelar com a gema de ovo misturada com o leite e levar a forno já quente durante cerca de 20 minutos (verificar).
* Esta coisa das massas tem muito de empírico; vão-se fazendo e vai-se aprendendo.
Amassa-se até a massa se descolar das mãos, e a sentirmos ganhar "corpo" e força.
Nunca pôr o fermento em contacto directo com o sal, porque perde o efeito.
Tenho sempre fermento de padeiro congelado no frigorífico (às porções para 1/2 kg de farinha) e, quando chego a casa stressada, bato na massa...
Esta receita foi adaptada de um bolo salgado publicado numa teleculinária. Originalmente a massa divide-se em duas partes; metade cobre o fundo da forma ou tabuleiro, põe-se por cima o recheio (chouriço, queijo e fiambre ou outros) e cobre-se com a outra metade.
Eu resolvi fazer com ela estes pãezinhos, uma espécie de merendinhas individuais.
25 g de fermento de padeiro
2 dl de leite
1 colher sopa de açucar
1/2 kg de farinha
2 ovos
2 colheres sopa de manteiga
1 colher de sobremesa rasa de sal
queijo e fiambre ou chouriço
1 gema de ovo misturada com um pouco de leite, para pincelar
Amornar o leite.
Dissolver o fermento num pouco de leite morno; bater ligeiramente os ovos.
Juntar a manteiga amolecida ao leite restante (vai derreter).
Colocar a farinha dentro de uma tigela, misturada com o açucar, abrir uma cova ao centro e deitar aí os liquidos, incluindo os ovos. Amassar ligeiramente e polvilhar com o sal.
Amassar muito bem * e deixar levedar até duplicar de volume, em local temperado.
Estender a massa com o rolo sobre uma superfície enfarinhada, em rectângulo.
Cobrir metade com o recheio, dobrar por cima a parte que ficou livre e cortar as merendinhas.
Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal ligeiramente untado. Deixar crescer de novo (+ ou - meia hora, agora que o tempo está quente). Pincelar com a gema de ovo misturada com o leite e levar a forno já quente durante cerca de 20 minutos (verificar).
* Esta coisa das massas tem muito de empírico; vão-se fazendo e vai-se aprendendo.
Amassa-se até a massa se descolar das mãos, e a sentirmos ganhar "corpo" e força.
Nunca pôr o fermento em contacto directo com o sal, porque perde o efeito.
Mousse de Ananás
Esta mousse de ananás que eu faço não tem receita... quer dizer, é a compilação de várias receitas lidas e adaptadas à minha maneira. Quem conta um conto...
1 lata pequena de ananás em calda
1 lata de leite condensado
1 pacote de natas para bater
4 ovos
1 pacote de gelatina de ananás
Ponho 2,5 dl da calda de ananás a aquecer e dissolvo lá a gelatina. Junto as 4 gemas desfeitas a este preparado e levo novamente a lume brando até obter um creme, mexendo sempre (não mais que 1 minuto...). Junto o leite condensado e deixo arrefecer.
(Já expliquei como se faz para as gemas não talharem: primeiro mistura-se um pouco do preparado quente nas gemas e depois é que se adicionam ao restante...)
Bato as natas em chantilly e as claras em castelo, misturo tudo e adiciono ao preparado de gemas e gelatina, já frio, com 4 rodelas de ananás cortadas aos cubinhos.
Levo ao frio, e antes de servir decoro com pedacinhos de ananás e rosetas de chantilly.
Bem geladinha é uma delícia! E uma bombinha calórica também...
1 lata pequena de ananás em calda
1 lata de leite condensado
1 pacote de natas para bater
4 ovos
1 pacote de gelatina de ananás
Ponho 2,5 dl da calda de ananás a aquecer e dissolvo lá a gelatina. Junto as 4 gemas desfeitas a este preparado e levo novamente a lume brando até obter um creme, mexendo sempre (não mais que 1 minuto...). Junto o leite condensado e deixo arrefecer.
(Já expliquei como se faz para as gemas não talharem: primeiro mistura-se um pouco do preparado quente nas gemas e depois é que se adicionam ao restante...)
Bato as natas em chantilly e as claras em castelo, misturo tudo e adiciono ao preparado de gemas e gelatina, já frio, com 4 rodelas de ananás cortadas aos cubinhos.
Levo ao frio, e antes de servir decoro com pedacinhos de ananás e rosetas de chantilly.
Bem geladinha é uma delícia! E uma bombinha calórica também...
maio 15, 2006
Cerejas dos meus amores
Cada qual puxa a brasa à sua sardinha...
Portanto, não se esqueçam:
Festa da Cereja do Fundão - 15 a 18 de Junho (Alcongosta)
Momentos culturais, animação de rua, tasquinhas com petiscos, venda de cereja, passeios pedestres pela Serra da Gardunha - Rota da Cereja, passeios de jipe pela Serra da Gardunha.
Já que eu não vou poder ir lá... Sniff...
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
Eugénio de Andrade (Natural do Fundão)
Portanto, não se esqueçam:
Festa da Cereja do Fundão - 15 a 18 de Junho (Alcongosta)
Momentos culturais, animação de rua, tasquinhas com petiscos, venda de cereja, passeios pedestres pela Serra da Gardunha - Rota da Cereja, passeios de jipe pela Serra da Gardunha.
Já que eu não vou poder ir lá... Sniff...
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
Eugénio de Andrade (Natural do Fundão)
Bolo salgado de bacon e cebola
É um cake muito simpático para entrada, para um piquenique ou lanche, ou como refeição ligeira, acompanhado com uma salada.
3 ovos
150 g de farinha
120 ml de leite
1 dl de óleo
1 colher de sopa de natas
100 g de cebola
200 g de bacon
100 g de queijo gruyère ralado
1 colher chá de fermento em pó
sal e pimenta q.b.
Cortar as cebolas em rodelas finas e levar a alourar numa colher de sopa de óleo; juntar o bacon cortado em tirinhas e deixar alourar alguns minutos. Retirar do lume e misturar as natas.
Numa tigela juntar a farinha e o fermento, abrir uma cavidade ao centro e deitar aí os ovos, o óleo restante e o leite e misturar tudo.
Adicionar o queijo ralado e a mistura de cebola e bacon, mexendo com cuidado.
Temperar com sal e pimenta.
Deitar a massa numa forma untada e levar a cozer durante 45 minutos, em forno pré-aquecido a 180ºC. Verificar se o bolo está cozido espetando-lhe um palito no centro; quando sair seco, está pronto. Desenformar e servir morno.
Uma das receitas que encontrei na minha última aquisição.... Sou uma compradora compulsiva de livros de culinária!...
maio 13, 2006
Pézinhos de Coentrada
Faço assim:
Cozo 3 pézinhos de porco bem limpinhos, na panela de pressão, durante 1 hota.
Deixo arrefecer e desosso-os.
Esmago 3 dentes de alho no almofariz, juntamente com um raminho de coentros.
Deito duas colheres de sopa de azeite num tacho, junto a "papinha" de coentros e deixo fritar ligeiramente,. Polvilho com um pouco de farinha, mexo bem, e junto um pouco do caldo da cozedura (vai-se vendo a consistência do molho, a gosto). Junto a carne e deixo apurar.
Podem juntar-se 2 gemas de ovo, previamente desfeitas num pouco de molho quente, retirado do tacho. Juntar o quente ao frio e não o contrário é o truque para as gemas nunca talharem...
E aí têm o petisco pronto.
Molho Mousseline... à la minute!
Hoje vou deixar aqui a receita de um molho delicioso para acompanhar uns espargos cozidos a vapor ou um peixinho grelhado ou mesmo cozido... O molho faz a diferença. E ainda por cima prepara-se em... 2 minutos, no microondas!
A receita é da Maria de Lurdes Modesto, por isso podem confiar!
Precisam de:
2 gemas de ovo
1/2 dl de natas
1/2 limão
sal
50 g de manteiga
1/2 colher de chá de mostarda
Misturam-se as duas gemas com as natas, o sumo de meio limão e sal. Junta-se a este preparado a manteiga, derretida.
Leva-se ao microondas durante 1 minuto, interrompendo a cozedura por três vezes, para mexer (o único perigo é deixar aquecer demais, por isso respeitem mesmo as interrupções).
Adicionar a mostarda e levar ao microondas mais 25 segundos. Mexer, e está pronto!
Fácil não é?
A receita é da Maria de Lurdes Modesto, por isso podem confiar!
Precisam de:
2 gemas de ovo
1/2 dl de natas
1/2 limão
sal
50 g de manteiga
1/2 colher de chá de mostarda
Misturam-se as duas gemas com as natas, o sumo de meio limão e sal. Junta-se a este preparado a manteiga, derretida.
Leva-se ao microondas durante 1 minuto, interrompendo a cozedura por três vezes, para mexer (o único perigo é deixar aquecer demais, por isso respeitem mesmo as interrupções).
Adicionar a mostarda e levar ao microondas mais 25 segundos. Mexer, e está pronto!
Fácil não é?
maio 12, 2006
Lasanha de Legumes
A lasanha de que mais gostei até hoje. E não sou vegetariana nem nada (embora goste mais de peixe do que de carne). Se gostam muito de legumes, como eu, aconselho vivamente a experimentarem, vão ficar surpreendidos.
Um truque importante nesta receita é prepará-la de um dia para o outro ou de manhã para o jantar. O tempo de repouso amolece as folhas de massa, e o resultado é francamente bom.
Folhas de lasanha
400 g de cenouras em rodelas
2 pimentos (1 verde e um vermelho)
3 dentes de alho esmagados
2 cebolas às rodelas
3 courgettes às rodelas
Molho de tomate (utilizei tomates maduros, pelados)
1 litre de béchamel clássico ou de compra (eu prefiro fazê-lo em casa).
Não vou explicar como se faz, porque presumo que todos sabem fazê-lo, mas se não for o caso, digam...
Temperos a gosto: Orégãos, cominhos e paprika para as cenouras, gengibre e sumo de limão para as courgettes, tomilho e louro para as cebolas.
Sal, azeite, queijo ralado.
Fazer suar os legumes cortados num pouco de azeite(eu corto-os no robot de cozinha, para ficarem fininhos, e é muito mais rápido), sem os deixar cozer demais (muito importante!) Fazer o mesmo com todos os legumes: cenouras, courgettes, pimentos...
Temperar cada um com os temperos indicados.
Realizar o molho de tomate: estufar as rodelas de cebola no azeite, juntar os alhos esmagados , o tomilho, o louro e os tomates pelados e desfeitos. Temperar de sal. Se necessário, juntar um pouco de água ou caldo de legumes.
Montagem:
Untar bem uma travessa que vá ao forno, cobri-la com folhas de lasanha.
Cobrir com um pouco de molho de tomate e dispor por cima as cenouras suadas. regar com um pouco de béchamel.
Cobrir com folhas de lasanha e dispor por cima as courgettes suadas. Cobrir com molho béchamel.
Colocar nova camada de folhas de lasanha, e dispor por cima o resto do molho de tomate e os pimentos suados.
Cobir com o béchamel restante e polvilhar com o queijo ralado.
A quantidade de molho deve ser grande, tendo em conta que parte vai ser absorvido pelas placas de lasanha e durante a cozedura no forno.
Deixar assim de um dia para o outro.
Cozer em forno médio durante uma hora. Verificar.
Esta delícia é uma receita do Chef Simon . Encontram no site dele o passo a passo da receita, com muito melhores fotos que as do meu portátil, e já têm a tradução feita...
Boa lasanha!
Um truque importante nesta receita é prepará-la de um dia para o outro ou de manhã para o jantar. O tempo de repouso amolece as folhas de massa, e o resultado é francamente bom.
Folhas de lasanha
400 g de cenouras em rodelas
2 pimentos (1 verde e um vermelho)
3 dentes de alho esmagados
2 cebolas às rodelas
3 courgettes às rodelas
Molho de tomate (utilizei tomates maduros, pelados)
1 litre de béchamel clássico ou de compra (eu prefiro fazê-lo em casa).
Não vou explicar como se faz, porque presumo que todos sabem fazê-lo, mas se não for o caso, digam...
Temperos a gosto: Orégãos, cominhos e paprika para as cenouras, gengibre e sumo de limão para as courgettes, tomilho e louro para as cebolas.
Sal, azeite, queijo ralado.
Fazer suar os legumes cortados num pouco de azeite(eu corto-os no robot de cozinha, para ficarem fininhos, e é muito mais rápido), sem os deixar cozer demais (muito importante!) Fazer o mesmo com todos os legumes: cenouras, courgettes, pimentos...
Temperar cada um com os temperos indicados.
Realizar o molho de tomate: estufar as rodelas de cebola no azeite, juntar os alhos esmagados , o tomilho, o louro e os tomates pelados e desfeitos. Temperar de sal. Se necessário, juntar um pouco de água ou caldo de legumes.
Montagem:
Untar bem uma travessa que vá ao forno, cobri-la com folhas de lasanha.
Cobrir com um pouco de molho de tomate e dispor por cima as cenouras suadas. regar com um pouco de béchamel.
Cobrir com folhas de lasanha e dispor por cima as courgettes suadas. Cobrir com molho béchamel.
Colocar nova camada de folhas de lasanha, e dispor por cima o resto do molho de tomate e os pimentos suados.
Cobir com o béchamel restante e polvilhar com o queijo ralado.
A quantidade de molho deve ser grande, tendo em conta que parte vai ser absorvido pelas placas de lasanha e durante a cozedura no forno.
Deixar assim de um dia para o outro.
Cozer em forno médio durante uma hora. Verificar.
Esta delícia é uma receita do Chef Simon . Encontram no site dele o passo a passo da receita, com muito melhores fotos que as do meu portátil, e já têm a tradução feita...
Boa lasanha!
maio 11, 2006
Uma certa publicidade...
Uma rapariga está a beber um sumo à beira de um passadiço, na praia. Um rapaz olha intensamente para ela... A moça cai do passadiço abaixo e o rapaz vai logo....apanhar o sumo, que bebe, regalado.
Um rapaz está em casa, abre uma garrafa de cerveja e coemça a bebê-la em êxtase... Toca a campainha, abre a porta, vê uma “brasa” loura... Decepcionado, fecha-lhe a porta na cara e dedica-se novamente à cerveja.
Um casal passeia na praia. O cão acompanha-os, e para se ver livre dele, a rapariga atira para longe a lata de cerveja que leva na mão, para que o animal a vá apanhar. Quem sai a correr é o rapaz, que apanha e bebe a cerveja regalado...
Um casal passeia de bicicleta... O rapaz tem um chocolate que lhe apetece comer sem partilhar e por isso arranja maneira de fazer cair e deixar para trás a companheira.
Que há de comum entre os quatro anúncios?... Preterir e inferiorizar a mulher em relação ao produto.
Senhores publicitários, inventem outra... este gag já deu o que tinha a dar e, na minha opinião, é de mau gosto.
Um rapaz está em casa, abre uma garrafa de cerveja e coemça a bebê-la em êxtase... Toca a campainha, abre a porta, vê uma “brasa” loura... Decepcionado, fecha-lhe a porta na cara e dedica-se novamente à cerveja.
Um casal passeia na praia. O cão acompanha-os, e para se ver livre dele, a rapariga atira para longe a lata de cerveja que leva na mão, para que o animal a vá apanhar. Quem sai a correr é o rapaz, que apanha e bebe a cerveja regalado...
Um casal passeia de bicicleta... O rapaz tem um chocolate que lhe apetece comer sem partilhar e por isso arranja maneira de fazer cair e deixar para trás a companheira.
Que há de comum entre os quatro anúncios?... Preterir e inferiorizar a mulher em relação ao produto.
Senhores publicitários, inventem outra... este gag já deu o que tinha a dar e, na minha opinião, é de mau gosto.
Delícias de cerveja
Têm uma consistência entre o bolo e a queijada, e um sabor... diferente!
2 ovos
300 g de açucar (eu pûs só 250...)
100 g de margarina derretida
100 g de farinha
1 cerveja branca
raspa de um limão pequeno
1 cerveja branca
1 pitada de sal
Batem-se muito bem os ovos com o açucar até se obter um creme; junta-se a margarina derretida, morna, a raspa do limão, e depois a farinha, alternada com a cerveja, e o sal.
A massa fica líquida.
Deitar em formas de queques, bem untadas, até 3/4 da altura (para não verterem enquanto cozem).
Levam-se ao forno bem quente durante 20 (?) minutos.
Tenho sempre alguma dificuldade em indicar os tempos de cozedura porque o meu forno é muito maroto, e estou sempre em cima dele...
Com estas quantidades fiz 15 delícias.
A receita foi publicada numa "teleculinária" dos anos 80, e diz para se envolverem as delícias em açucar granulado depois de prontas, mas eu não o fiz.
A propósito do bacalhau
Diz Eça de Queirós :
A julgar por estes traços exteriores, poderiam considerar-se retratados no Alencar, e vibrarem sátiras contra mim, todos os homens que em Portugal têm bigodes, cometem versos, gesticulam largo, e sabem modos de cozinhar o bacalhau - isto é, uma farta metade dos habitantes do reino.
(em Notas Contemporâneas)
A julgar por estes traços exteriores, poderiam considerar-se retratados no Alencar, e vibrarem sátiras contra mim, todos os homens que em Portugal têm bigodes, cometem versos, gesticulam largo, e sabem modos de cozinhar o bacalhau - isto é, uma farta metade dos habitantes do reino.
(em Notas Contemporâneas)
maio 10, 2006
Soufflé de Bacalhau
O soufflé é económico, rápido de fazer e acompanha muito bem as saladinhas. Este é de bacalhau, mas pode fazer-se com pescada, queijo, fiambre...
Precisa de :
50 g de manteiga ou margarina
250 g de bacalhau cozido e desfiado (como para pastéis)
2,5 dl de leite
4 ovos (claras em castelo)
50 g de farinha
Sal, pimenta e noz moscada
queijo ralado a gosto
Derrete-se a manteiga e junta-se-lhe a farinha; envolve-se bem e junta-se o leite frio, mexendo sempre com a colher de pau, para não ganhar grumos. O preparado engrossa. Tira-se a caçarola do lume e junta-se o bacalhau desfiado,as gemas, e parte do queijo. Tempera-se com sal, pimenta e noz moscada.
Misturam-se as claras cuidadosamente: primeiro uma ou duas colheradas para distender , e depois as restantes, evitando parti-las.
Verte-se para uma forma de soufflé bem untada com margarina, polvilha-se com o queijo restante e leva-se ao forno (pré-aquecido) durante 15 minutos. Findo este tempo, aumenta-se a temperatura do forno e deixa-se cozer por mais 10 minutos (verificar).
Serve-se assim que sai do forno.
Buchteln
Em Portugal temos excelentes bolas e folares, quer doces, quer salgados.
Mas hei-de recordar para sempre o gosto da primeira brioche francesa que provei.
Era leve e adocicada, com um sabor subtil a manteiga... uma delícia.
Até hoje persigo aquela recordação, e hei-de publicar aqui algumas das minhas experiências nesta matéria.
Começamos já:
Apresento-vos a Buchteln (que por acaso é alemã...)
30 g de fermento de padeiro
250ml de leite morno
1 ovo batido
75g de açucar
500g de farinha
7 g de sal.
100g de manteiga amolecida
nutella
Para regar a brioche:
1,5 dl de leite
1 colher de sobremesa de manteiga
1 colher de sobremesa de açucar
Desfaz-se o fermento no leite morno.
Coloca-se a farinha numa tijela grande, mistura-se com o açucar e o sal, abre-se uma cova no meio e deita-se aí o leite com o fermento dissolvido, e o ovo batido. Amassa-se ligeiramente, até formar uma bola; junta-se a manteiga amolecida, aos poucos.
Esta é talvez a fase mais difícil,: é preciso amassar muito bem, de forma a incorporar toda a manteiga na massa e conseguir uma textura lisa e que se despegue facilmente das mãos.
Depois de bem amassada, cobre-se, e deixa-se levedar até duplicar de volume.
Depois de lêveda, separa-se a massa em 16 pedaços, a que se dá a forma de pequenas bolas. Colocar dentro de cada bola uma colher de chá de nutella.
Vão-se dispondo as bolinhas umas ao lado das outras num tabuleiro ou forma polvilhada com farinha, formando um círculo ou um rectângulo. Deixar levedar por mais ¾ de hora e regar com um pouco de leite morno, a que se juntou uma colher de sobremesa de manteiga derretida e uma colher de sobremesa de açucar. Levar a forno pré-aquecido por cerca de 30 minutos (verificar, em função do forno).
Deixar arrefecer um pouco e polvilhar com açucar em pó.
A receita, ligeiramente adaptada por mim, encontra-se em vários blogs de culinária franceses, por exemplo, aqui.
Dá um bocadinho de trabalho, mas vale a pena, sobretudo pelos sorrisos com que nos brindam logo ao pequeno almoço!
Mas hei-de recordar para sempre o gosto da primeira brioche francesa que provei.
Era leve e adocicada, com um sabor subtil a manteiga... uma delícia.
Até hoje persigo aquela recordação, e hei-de publicar aqui algumas das minhas experiências nesta matéria.
Começamos já:
Apresento-vos a Buchteln (que por acaso é alemã...)
30 g de fermento de padeiro
250ml de leite morno
1 ovo batido
75g de açucar
500g de farinha
7 g de sal.
100g de manteiga amolecida
nutella
Para regar a brioche:
1,5 dl de leite
1 colher de sobremesa de manteiga
1 colher de sobremesa de açucar
Desfaz-se o fermento no leite morno.
Coloca-se a farinha numa tijela grande, mistura-se com o açucar e o sal, abre-se uma cova no meio e deita-se aí o leite com o fermento dissolvido, e o ovo batido. Amassa-se ligeiramente, até formar uma bola; junta-se a manteiga amolecida, aos poucos.
Esta é talvez a fase mais difícil,: é preciso amassar muito bem, de forma a incorporar toda a manteiga na massa e conseguir uma textura lisa e que se despegue facilmente das mãos.
Depois de bem amassada, cobre-se, e deixa-se levedar até duplicar de volume.
Depois de lêveda, separa-se a massa em 16 pedaços, a que se dá a forma de pequenas bolas. Colocar dentro de cada bola uma colher de chá de nutella.
Vão-se dispondo as bolinhas umas ao lado das outras num tabuleiro ou forma polvilhada com farinha, formando um círculo ou um rectângulo. Deixar levedar por mais ¾ de hora e regar com um pouco de leite morno, a que se juntou uma colher de sobremesa de manteiga derretida e uma colher de sobremesa de açucar. Levar a forno pré-aquecido por cerca de 30 minutos (verificar, em função do forno).
Deixar arrefecer um pouco e polvilhar com açucar em pó.
A receita, ligeiramente adaptada por mim, encontra-se em vários blogs de culinária franceses, por exemplo, aqui.
Dá um bocadinho de trabalho, mas vale a pena, sobretudo pelos sorrisos com que nos brindam logo ao pequeno almoço!
maio 09, 2006
A estrela da salada
Pensavam que não ia dar a receita? Claro que sim.
Após vários anos a cozinhar para quatro há certas medidas que são intuitivas... Eu fiz assim:
Misturei 1 chávena de chá de sêmola de trigo de grão médio com duas colheres de sopa de azeite, sal, pimenta e 1 colher de chá de cominhos moídos (quem não gostar pode temperar com noz moscada). Cobri com água a ferver até 1/2 cm acima da sêmola. Deixei inchar os grãos, mexi bem com um garfo para os soltar, levei ao microondas 2 minutos, coberto com tampa. Mais uma mexidela com o garfo e deixei a arrefecer (o microondas às vezes pode ser muito útil; no caso do couscous aqui tratado é fantástico e poupa-nos o dissabor de ver os grãos moles e intragáveis, ficam no ponto!).
Numa saladeira juntei: 1 boa cebola nova picada, 2 tomates maduros aos cubinhos, 1/2 pimento verde também aos cubos, 1 colher de sopa de salsa picada, 1 colher de sopa de coentros picados, 1 folha de hortelã picada, 1 pepino pequeno, sem as sementes, aos cubos. Ficou lindo e colorido, comia-se mesmo assim!
Temperei com a minha vinagrette de sempre (está sempre pronta no frigorífico) e rectifiquei o sal. Se não tiverem a vinagrette (já digo como a faço), temperem com azeite, sal e vinagre ou sumo de limão.
Com a sêmola já fria, misturei os dois preparados e levei ao frigorífico para ficar fresquinho. Simples, não é? E prático, para "donas de casa desesperadas"!
Muito bom com carne grelhada, um estufado de borrego... enfim, usem a imaginação!
A vinagrette:
2 terços de bom azeite
1 terço de vinagre
1 colher de mostarda
pimenta do moinho
sal
Tudo junto num frasco com tampa, agita-se, prova-se, rectifica-se de sal, e já está...
Taboulé
Já devem ter reparado que sou muito gulosa... Mas hoje tenho uma surpresa: uma saladinha! Sim, que o bom tempo anda a brincar às escondidas connosco, mas há-de assentar...
Bom, como são as vossas manhãs de sábado? As minhas são uma azáfama... Trabalha-se toda a semana, é preciso pôr ordem em casa e fazer provisões.
Quase horas de almoço... Que há-de ser? Qualquer coisa rápida e fácil de fazer, sim, mas apetitosa!
Uma olhadela ao frigorífico, uma ida à despensa... Vou fazer um taboulé, olarilas! E mais: vamos almoçar fora! (*@?!!) Já vão ver:
No terraço, claro!
Bom, como são as vossas manhãs de sábado? As minhas são uma azáfama... Trabalha-se toda a semana, é preciso pôr ordem em casa e fazer provisões.
Quase horas de almoço... Que há-de ser? Qualquer coisa rápida e fácil de fazer, sim, mas apetitosa!
Uma olhadela ao frigorífico, uma ida à despensa... Vou fazer um taboulé, olarilas! E mais: vamos almoçar fora! (*@?!!) Já vão ver:
No terraço, claro!
maio 08, 2006
Bolo de Queijo (Cheesecake)
Uma versão diferente da dos semi-frios confeccionados com gelatina. Este bolo, de origem americana, fica excelente quando confecionado com queijo fresco ou requeijão bem português...
150 g de bolacha digestiva (ou outra, estaladiça)
100 g de manteiga
40 g de fécula de batata
2 colheres de sopa de leite
250 g de queijo fresco bem escorrido, ou requeijão
125 g de natas
100 g de açucar
4 ovos
1 limão pequeno
Ralar as bolachas e misturar com a manteiga de modo a obter uma massa. Forrar com ela uma forma de fundo amovível, bem untada.
Dissolver a fécula no leite. Reduzir o queijo a puré e batê-lo juntamente com as natas, o açucar, as gemas e a raspa do limão. Juntar a fécula dissolvida no leite.
Adicionar as claras, batidas em castelo, cuidadosamente.
Verter o creme na forma anteriormente preparada e levar a cozer, em forno médio, durante mais ou menos 45 minutos (verificar, em função do forno).
Deixar arrefecer dentro do forno, cerca de 30 minutos, e desenformar.
O bolo baixa e enruga um pouco; é mesmo assim.
Cobrir com doce de morango ou framboesa.
Pode usar-se queijo Philadelfia ou mascarpone para o confeccionar.
Contitui uma excelente sobremesa, e não é difícil de preparar.
Mãos à obra!
A receita é de Maria de Lurdes Modesto, em "Palavra Puxa Receita".
150 g de bolacha digestiva (ou outra, estaladiça)
100 g de manteiga
40 g de fécula de batata
2 colheres de sopa de leite
250 g de queijo fresco bem escorrido, ou requeijão
125 g de natas
100 g de açucar
4 ovos
1 limão pequeno
Ralar as bolachas e misturar com a manteiga de modo a obter uma massa. Forrar com ela uma forma de fundo amovível, bem untada.
Dissolver a fécula no leite. Reduzir o queijo a puré e batê-lo juntamente com as natas, o açucar, as gemas e a raspa do limão. Juntar a fécula dissolvida no leite.
Adicionar as claras, batidas em castelo, cuidadosamente.
Verter o creme na forma anteriormente preparada e levar a cozer, em forno médio, durante mais ou menos 45 minutos (verificar, em função do forno).
Deixar arrefecer dentro do forno, cerca de 30 minutos, e desenformar.
O bolo baixa e enruga um pouco; é mesmo assim.
Cobrir com doce de morango ou framboesa.
Pode usar-se queijo Philadelfia ou mascarpone para o confeccionar.
Contitui uma excelente sobremesa, e não é difícil de preparar.
Mãos à obra!
A receita é de Maria de Lurdes Modesto, em "Palavra Puxa Receita".
maio 06, 2006
A Cozinha Grega
Esta semana, ao ler a receita da moussaka que a Elvira publicou, veio-me à memória um livro bem divertido, de Andreas Staïkos, que li há já algum tempo atrás e que vou partilhar convosco.
O que tem a ver com a culinária grega? Tudo.
Trata-se da história de dois vizinhos, exímios cozinheiros, que, sem o saberem, nutrem uma paixão assolapada pela mesma mulher: Naná. Ela convence-os de que está perdidamente apaixonada por eles, tornando-os absolutamente dependentes dela, mesmo após descobrirem o seu jogo duplo: vivem para agradar-lhe e preparam-lhe os mais suculentos manjares.
Ora acontece que, para além de hilariante, o livro tem as receitas de todas as iguarias que os infelizes preparam para a sua amante!
Um excerto, para vos abrir o apetite:
"Dâmocles, pela primeira vez, após a horrorosa descoberta do jogo duplo que Naná fazia, estava felicíssimo, e mostrava, na prática, a sua felicidade. Com movimentos ostensivos e delicados, esvaziou o interior da courgette e do tomate, produzindo o espaço adequado para o seu recheio. Imediatamente a seguir, com uma colher de sobremesa, presenteou os buracos dos vegetais com um novo conteúdo. Esse conteúdo era constituído por uma chávena de arroz, trezentos e cinquenta gramas de carne picada, três cebolas bem picadas, quatro dentes de alho, também bem picados, três colheres de sopa de salsa picada, duas colheres de funcho picado, duas colheres de hortelã também bem picada, bem como umas colheradas, em igual número, do entusiasmo de Dâmocles..."
Aproveitem a sugestão e recheiem uns vegetais ... ;)
O Livro: As Ligações Culinárias
Bom fim de semana!
O que tem a ver com a culinária grega? Tudo.
Trata-se da história de dois vizinhos, exímios cozinheiros, que, sem o saberem, nutrem uma paixão assolapada pela mesma mulher: Naná. Ela convence-os de que está perdidamente apaixonada por eles, tornando-os absolutamente dependentes dela, mesmo após descobrirem o seu jogo duplo: vivem para agradar-lhe e preparam-lhe os mais suculentos manjares.
Ora acontece que, para além de hilariante, o livro tem as receitas de todas as iguarias que os infelizes preparam para a sua amante!
Um excerto, para vos abrir o apetite:
"Dâmocles, pela primeira vez, após a horrorosa descoberta do jogo duplo que Naná fazia, estava felicíssimo, e mostrava, na prática, a sua felicidade. Com movimentos ostensivos e delicados, esvaziou o interior da courgette e do tomate, produzindo o espaço adequado para o seu recheio. Imediatamente a seguir, com uma colher de sobremesa, presenteou os buracos dos vegetais com um novo conteúdo. Esse conteúdo era constituído por uma chávena de arroz, trezentos e cinquenta gramas de carne picada, três cebolas bem picadas, quatro dentes de alho, também bem picados, três colheres de sopa de salsa picada, duas colheres de funcho picado, duas colheres de hortelã também bem picada, bem como umas colheradas, em igual número, do entusiasmo de Dâmocles..."
Aproveitem a sugestão e recheiem uns vegetais ... ;)
O Livro: As Ligações Culinárias
Bom fim de semana!
maio 05, 2006
Domingo é Dia da Mãe
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
José Régio
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
José Régio
Beijinhos de Côco
Estes "beijinhos" são deliciosos e, melhor de tudo, muito fáceis de fazer e de belo efeito. Os escurinhos que se vêem na foto são as trufas de chocolate que a Lígia publicou há tempos no blog dela. Igualmente deliciosas...
Os beijinhos :
1 lata de leite condensado
2 pacotes pequenos de côco ralado
açucar para polvilhar
cravinhos da índia ou drageias prateadas
Deite o conteúdo de uma lata de leite condensado numa tijela grande e misture-lhe o côco aos poucos, até a consistência permitir moldar o preparado em pequenas bolinhas.
Passe por açucar, espete-lhes um cravinho ou uma drageia prateada e coloque em caixinhas de papel frisado. Guarde no frigorífico.
Ficam melhores de forem feitos de véspera e conseguir esperar para os provar.
Fácil, não é? E nem precisa de usar o fogão!...
A receita é do Mário Silva, que a publicou aqui.
maio 04, 2006
A fruta... e a publicidade
Ando muito desgostosa com a publicidade que se faz actualmente a determinados produtos que visam, sobretudo, as crianças. E com o sucesso que alcançam...
Por certo já ouviram, relativamente a uns certos iogurtes:
"-Fruta?
- Sim!!!
- Pedaços?
-Não!!!"
Não, porquê?! Para que é que os meninos querem os dentinhos, senão para fazer uso deles e trincar? Diga-se de passagem que o iogurte não é o produto mais difícil de mastigar...
Como é sabido, certas crianças têm alguma aversão pela fruta e pelos legumes; que fazer? Incentivá-los e ajudá-los a aprender a gostar, ou conservá-los na preguiça, consumindo produtos industrializados e cada vez com menor valor nutricional?
Por certo este relato já lhes fez lembrar a ultima novidade lançada no mercado...
Para quê lavar e /ou descascar uma peça de fruta e trincá-la, se se pode beber?
Pois eu digo-lhes:
Para aproveitar todos os nutrientes, as fibras, as vitaminas, e para exercitar os maxilares e dar uso aos dentes! Além do que fica certamente mais económico e mais bonito na fruteira.
Se hoje em dia nos questionamos sobre a qualidade e o valor daquilo que comemos, para quê diminui-los cada vez mais? Toda a gente sabe como são efémeras as vitaminas...
Que comparação poderá haver entre colher e comer uma maçã madura e beber um sumo (com polpa ou não) industralizado e produzido há semanas (?) atrás?
Se muito raramente temos já o prazer de colher, pelo menos trinquemos com prazer!
Por certo já ouviram, relativamente a uns certos iogurtes:
"-Fruta?
- Sim!!!
- Pedaços?
-Não!!!"
Não, porquê?! Para que é que os meninos querem os dentinhos, senão para fazer uso deles e trincar? Diga-se de passagem que o iogurte não é o produto mais difícil de mastigar...
Como é sabido, certas crianças têm alguma aversão pela fruta e pelos legumes; que fazer? Incentivá-los e ajudá-los a aprender a gostar, ou conservá-los na preguiça, consumindo produtos industrializados e cada vez com menor valor nutricional?
Por certo este relato já lhes fez lembrar a ultima novidade lançada no mercado...
Para quê lavar e /ou descascar uma peça de fruta e trincá-la, se se pode beber?
Pois eu digo-lhes:
Para aproveitar todos os nutrientes, as fibras, as vitaminas, e para exercitar os maxilares e dar uso aos dentes! Além do que fica certamente mais económico e mais bonito na fruteira.
Se hoje em dia nos questionamos sobre a qualidade e o valor daquilo que comemos, para quê diminui-los cada vez mais? Toda a gente sabe como são efémeras as vitaminas...
Que comparação poderá haver entre colher e comer uma maçã madura e beber um sumo (com polpa ou não) industralizado e produzido há semanas (?) atrás?
Se muito raramente temos já o prazer de colher, pelo menos trinquemos com prazer!
maio 03, 2006
Um bolo de Aniversário...
Após várias desilusões com os bolos de aniversário de compra, muito bonitos por fora mas insípidos por dentro, e após o pedido insistente de uma das minhas gémeas, resolvi ser eu a confeccionar o bolo comemorativo das dezasseis primaveras delas... Tanto mais que a confiança que depositavam em mim merecia recompensa! Qual seria, qual não seria, como boa apreciadora da doçaria portuguesa, resolvi-me pelo "Bolo Rançoso", do livro "Doçaria Tradicional do Chefe Silva". Não fujam, a despeito do nome é uma verdadeira delícia... como todos os doces conventuais portugueses. E não me venham com essas do colesterol e do excesso de açucar... Dias não são dias!
Cá vai a receita:
5o0 grs de açucar
2,5 dl de água
50 grs de manteiga
500 grs de miolo de amêndoa moído
250 grs de doce de gila, sem líquido
20 gemas e 1 clara(!)
2 colheres de sopa bem cheias de farinha
manteiga para untar
papel vegetal
Para a cobertura:
2,5 dl de água
500 grs de açucar
sumo de 1/4 limão
O bolo:
Unte com manteiga uma forma redonda grande, forre-lhe o fundo com papel vegetal e volte a untar.
Num tachinho, misture o açucar com a água, leve ao lume e deixe ferver cerca de 5 minutos. Retire do lume, junte a manteiga, mexa e deixe arrefecer.
Misture-lhe então a amêndoa moída, o doce de gila, as gemas, as claras e a farinha; Bata um pouco (não muito), deite na forma, polvilhe com um pouco de farinha para não queimar e deixe cozer em forno a 160º um pouco menos que uma hora (verificar, em função do forno).
Depois de cozido deixe arrefecer, desenforme e cubra com o açucar de cobertura. Decore com fios de ovos.
A cobertura:
Leve a ferver a água com o açucar durante 5 minutos, retire do lume, junte o sumo de limão e vá mexendo com a colher de pau, contra as paredes do tacho, até tomar cor branca translúcida. Nesta altura cubra o bolo. Se endurecer, junte-lhes umas gotas de sumo de limão e leve ao lume para aquecer. Quanto mais alto for o ponto, mais difícil será trabalhar a cobertura.
Nota: Na foto a calda dos fios de ovos levou o "birthday", mas ninguém se ralou com isso!
Bons cozinhados! :)
Subscrever:
Mensagens (Atom)