fevereiro 05, 2013

Afrodite

Este livro, o primeiro que li de Isabel Allende, foi uma agradável surpresa: leve, divertido, cheio de histórias, muita cultura geral e sentido de humor e, melhor de tudo, RECEITAS! E não são umas receitas quaisquer, são receitas afrodisíacas!
Não percam este livro, vão divertir-se um bocado, é garantido :)

Deixo-vos com a Sopa da Reconciliação, pois o mais importante é estar de bem com o ser amado, se não não há afrodisíaco que valha, não é verdade?

"E como estamos a falar de azeite trufado, chegou o momento de oferecer a minha receita para as emergências. Desde que fiz dezanove anos tenho estado casada todos os dias da minha vida, excepto três meses de borga entre um divórcio e o segundo marido. Isto significa que tive aproximadamente 16.425 ocasiões de fazer perder o juízo a um homem. A criação desta sopa não foi coisa do acaso, mas sim da necessidade. É um afrodisíaco praticamente infalível que faço depois de uma zanga forte, como uma bandeira de tréguas que me permite fazer as pazes sem me humilhar demasiado. Ao meu adversário basta-lhe cheirá-la para perceber a mensagem".

Isabel Allende, Afrodite

Nota: Para quem estiver interessado, o livro está com 50% de desconto, na Wook!



SOPA DA RECONCILIAÇÃO
2 chávenas de caldo de carne, frango ou legumes
1 chávena de cogumelos frescos
1/2 chávena de cogumelos Portobello picados
(ou 1/4 chávena de cogumelos secos)
1/2 chávena de  cogumelos Porcini picados
(ou 1/4 chávena de cogumelos secos)
1 dente de alho
3 colheres de azeite trufado
1/4 chávena de natas azedas
sal e pimenta

Se os cogumelos forem secos, colocar de molho em meia taça de bom vinho tinto (Porto), até ficarem esponjosos.
Fritar o dente de alho picado com os cogumelos no azeite, mexendo, durante cinco minutos.
Acrescentar o caldo, o Porto e o azeite trufado (a autora guarda algumas gotas para se perfumar atrás das orelhas ;).
Tempera-se com sal e pimenta e deixa-se em lume brando até os cogumelos amolecerem e "a casa cheirar a paraíso".
No final tritura-se tudo. Deve ficar com consistência um pouco grossa.
Serve-se decorada com as natas azedas, em pratos quentes.