novembro 28, 2011

Queques de banana e chocolate


Para se fazer estes queques é obrigatório usar bananas muito maduras, que com temperaturas mais baixas não são muito fáceis de encontrar. Eu fi-los já há algum tempo, com 3 bananas que "esqueci" propositadamente na fruteira para o efeito, pois andava com a receita debaixo de olho...
Como são? Húmidos, sem serem massudos, e pouco doces, por isso os mais gulosos talvez sintam falta de um pouco mais de açucar. Conservam bem a textura e o sabor ao longo de alguns dias, acho até que o gosto a fruta se acentua com o tempo.

Os ingredientes são:

3 bananas bem maduras
125ml de óleo vegetal
2 ovos
100g de açucar castanho (usei o comum amarelo)
225g de farinha
3 colheres de sopa (45ml) de cacau em pó de boa qualidade
1 colher de chá de bicarbonato 

Mistura-se a farinha, o cacau e o bicarbonato. Reserva-se esta mistura.
Esmagam-se muito bem as bananas, junta-se o óleo, os ovos e o açucar. Adiciona-se a mistura seca anterior, batendo apenas levemente.
Divide-se a massa por 12 forminhas de queques revestidas com formas de papel e levam-se ao forno durante 15 a 20 minutos.

Nota: mesmo quando a receita o não indica, junto sempre uma pitadinha de sal aos meus bolos.

Nota 2: a receita é de Nigella Lawson, in "Cozinha, O Coração Da Casa".


novembro 18, 2011

Da Covilhã, com amor...

A notícia é do Jornal do Fundão de 7 de Novembro passado,  mas mesmo assim acho que vale a pena deixá-la aqui, para espicaçar a curiosidade de quem não conhece estes produtos...

Nota: os links remetem para "posts" do Rap'ó Tacho sobre estes produtos.

"Confraria promove cherovia e pastel de molho da Covilhã"

O linguista João Malaca Casteleiro e o ex-ministro da cultura Pedro Roseta integram o grupo dos primeiros confrades de honra da Confraria da Pastinaca e do Pastel de Molho da Covilhã. Também a reitora da Academia Sénior da Covilhã, o presidente da Casa da Covilhã em Lisboa e o Padre Fernando Brito tomaram posse na cerimónia de entronização de 60 confrades. A iniciativa apadrinhada pelas confrarias da cereja, azeite e feijoca, realizou-se no último sábado, dia 5 de Novembro, no salão nobre da Câmara Municipal da Covilhã.
A cerimónia ficou ainda marcada pela apresentação do traje da confraria que é assinado por Paulo Runa. O momento contou com a presença de oito confrarias de vários pontos do país. Aquelas organizações são embaixadoras dos produtos e gastronomia de várias regiões. O movimento “confrádico” tem como missão “divulgar produtos e tradições milenares”. Assim será com os embaixadores de dois dos produtos típicos da Covilhã: a cherovia que marcou “a tradição agrícola do concelho e o pastel de molho que foi alimento para os operários da Manchester portuguesa”. Agora que a cherovia já integra o cardápio, Eduardo Cavaco- presidente da direcção da confraria, gostaria de ver “as nossas pastelarias a comercializar o nosso pastel”. Com açafrão ou com molho o importante é que o pastel da Covilhã passe a ser “produto oficial” na cafetaria.
Cerca de ano e meio após a constituição da Confraria, que vai divulgar a cherovia e os pastel de molho da Covilhã, realizou-se o primeiro capítulo da irmandade que reúne 110 sócios e que contou com as confrarias da cereja, azeite e feijoca como “madrinhas” numa cerimónia marcada pela entronização de cinco confrades de honra."

novembro 15, 2011

Bacalhau Com Broa, à moda da Lena...

O bacalhau com broa não é segredo para ninguém; todos temos alguma receita do fiel amigo acompanhado pela broa. 
Esta receita em particular, embora nada tenha de original, é-me muito querida por outros motivos: foi-me dada por uma grande amiga minha, que a idealizou a partir de um prato que lhe foi servido num restaurante.
Os bons garfos somos quase todos assim, quando comemos fora de casa algum prato que nos agrada, tentamos reproduzi-lo na nossa cozinha... Do nome do restaurante não me lembro.



O ideal será encontrar pequenas broas individuais, pois são elas que vão servir de "prato" ao nosso  bacalhau.
Recorta-se uma pequena tampa e escavam-se as broas, reservando, claro está, o miolo.
Obtemos assim umas lindas caixinhas, como a da foto.

O bacalhau deve ser assado à lagareiro, de preferência na brasa, e temperado com alho e muito azeite. Na impossibilidade de assá-lo na brasa, faça-se no forno.

Na mesma ocasião assar também batatinhas pequeninas a murro, envoltas em sal, embrulhadas em papel de alumínio e enterradas nas cinzas, ou, como indicado atrás e na ausência das brasas, no forno.

Cozer e saltear em azeite e alho um molho de grelos, de couve ou nabo, ou então um olho de couve portuguesa.

Depois do bacalhau assado, preparar as migas com o miolo das broas antes reservado*, juntar alguns grelos ou couve cortados aos pedacinhos, e as aparas das postas de bacalhau, reservando apenas os lombos.
encher as cavidades das broas com este preparado, como abaixo, e juntar algumas azeitonas pretas.



Colocar os lombos do bacalhau sobre as migas, regar tudo com um bom  fio de azeite e levar ao forno, para aquecer bem e gratinar um pouco.
Servir uma broa por pessoa, rodeada de algumas batatinhas a murro e os grelos ou couve restantes.


* Para as migas de broa: descascar e picar alguns dente de alho, levá-los ao lume em bastante azeite; cozer o alho sem deixar alourar. Juntar o miolo da broa, esfarelado, e se necessário um gole da água de cozer os grelos ou a couve. Juntar alguns grelos cozidos, escorridos e cortados em pedacinhos, e as aparas de bacalhau.

novembro 12, 2011

Cozinhar Sem Gastar...

... de Anabela Almeida.


Pessoalmente considero que os objectivos a que se propôs a autora forma plenamente conseguidos:
As receitas apresentadas são equilibradas e económicas, sem pretensões e confeccionadas com ingredientes simples, daqueles que habitualmente todos temos em casa.

É também excelente inspiração para as refeições do dia-a-dia, pois consultando o índice, num instante descobrimos algo que nos agrada e pode ser preparado em pouco tempo, quer para o almoço, quer para o jantar.

Gostei !

novembro 06, 2011

"Bollos de Aceite" do Asopaipas


Logo a seguir aos "bollos de leche suizos" fiz estes, de azeite, seguindo escrupulosamente a receita do José Manuel, que transcrevo a seguir.
Ficaram formidáveis, com uma casquinha crocante por fora e muito macios por dentro. Não são tão adocicados como os bolos de leite, apesar de os ter polvilhado por cima com açucar, o que não fiz com os anteriores.

Comêmo-los no feriado de Todos os Santos, ao lanche, com marmelada e doce de abóbora. Em nada ficam atrás do nosso tradicional bolo de azeite da Beira Baixa, que também figurou na mesa na mesma ocasião.

A receita:

500 g de farinha
250 g de água morna
50 g de leite
20 g de leite em pó
15 g de fermento de padeiro
10 g de sal

Depois da 1ª fermentação:
120 g de azeite
Acúcar para polvilhar

Preparação:

Amassar em conjunto todos os ingredientes da massa e deixar dobrar de volume em local abrigado.

Depois desta primeira fermentação juntar o azeite, com paciência, porque ao princípio é um pouco difícil incorporá-lo na massa. 

Dividir a massa en peças pequenas de 80-100g e dar forma aos bolos. Deixamos repousar novamente até que dupliquem de volume. Antes de os introduzir no forno polvilham-se generosamente com açucar.

Pré-aquecer o forno a 250ºC e depois cozer os bolos a 200ºC, durante 15 ou 20 minutos.


Nota: Apesar de serem chamados "bolos" trata-se na realidade de pequenos pãezinhos.